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A pandemia do H1N1

hin1

Formado em Medicina há 20 anos, tenho na memória 2 frases que marcaram minha forma de pensar a dinâmica do mundo. A primeira era dita pelo meu saudoso pai: “Quem conta a história é quem ganha a guerra”; e a segunda escutei de um professor numa aula de Pediatria: “A medicina é uma ciência de verdades relativas”. O ponto em comum a estas frases é a relatividade do ponto-de-vista, criando o jargão Einsteiniano de que “tudo é relativo”.

E o que estamos vendo em relação à gripe A (“gripe suína” ou “gripe H1N1”) é exatamente isto: inúmeros pontos-de-vista conflitantes, mas que se resumem a dois enfoques principais: o “oficial” e o “leigo”.

O ponto-de-vista oficial é cuidadoso e otimista, enquanto que a visão dos leigos é aterrorizante e paranóica. Escuto o tempo todo dos amigos e pacientes e leio na Internet que “o governo está ocultando a verdade” e “que centenas já morreram, inclusive muitos médicos, mas estão escondendo para não causar pânico na população”. Por outro lado leio E-mails de leigos que alastram o pânico como fogo em mato seco e ouço muitas pessoas falando que conhecem alguém que morreu da gripe suína…

Correm soltas pela Internet receitas mágicas para afastar a gripe, assim como vídeos terroristas e conspiratórios contra o povo indefeso. Tomar Influenzinum e Colibacillinum, carregar cânfora no pescoço e fazer chá de aniz-estrelado são sugestões virtuais, sem prestar atenção que a cânfora corta o efeito dos homeopáticos e que o Ácido Xiquímico do Aniz está longe da estrutura molecular do Oseltamivir, presente no Tamiflu.

Então, onde está a verdade? As notificações oficiais parecem contraditórias e às vezes se desmentem, como costuma acontecer na política e na economia; já as mortes relatadas pelos leigos mais se parecem com os filmes conspiratórios do tipo James Bond, onde um psicopata lunático resolve virar o dono do mundo.

Nas páginas seguintes irei mostrar estes pontos-de-vista e por isso muitas vezes ficarão evidentes as sua contradições, as conspirações psicopáticas e os delírios  paranóides. A explicação para isto eu resumo numa frase que costumo dizer no consultório: “Se todo mundo acha que está certo, quem realmente está certo?” O que quase ninguém consegue perceber é que toda conclusão é feita “a partir do conhecimento que se tem” e é este conhecimento que constrói o ponto-de-vista; mas ninguém questiona a cultura que possui e que usa o tempo todo para julgar o mundo à sua volta.

Dito isso e por colocar na Web temas que podem ser juridicamente conflitantes, parafraseio o site inacreditavel.com, declarando:

“Cumpre esclarecermos que este blog tem por objetivo a apresentação de artigos, ensaios e material dos mais variados temas, com especial enfoque na gripe A H1N1 e que estou amparado juridicamente pelos diplomas legais que versam sobre a liberdade de manifestação do pensamento, a saber:

A Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU

Artigo XIX – Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

Constituição da República Federativa do Brasil

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.”

Aconselho que o leitor procure seguir a ordem dos textos, pois que gosto de construir um pensamento que vai da simplicidade para a complexidade, do geral para o particular e do coletivo para o individual.

Entretanto, se o leitor quiser apenas saber o que fazer com tudo isso e o que serve para o seu caso, vá direto para as conclusões onde haverá um resumo dos temas apresentados, bem como as sugestões sobre o que fazer com o H1N1.

Mãos à obra!

A Versão Oficial da gripe A

A versão Oficial A “versão oficial”, ou “versão do vencedor”, como dizia meu pai tem aqui dois vieses: 1. A da OMS, que classificou a gripe H1N1 como nível 6 de pandemia e já chegou a declarar que 2 bilhões de pessoas serão infectadas por este vírus, numa expectativa de morte de até 1% dos casos; …

A Versão Não-Oficial da Gripe Suína

Para iniciar a versão não-oficial da gripe suína, nada melhor do que uma matéria conspiratória a respeito deste estranho vírus H1N1 que nunca existiu antes e que de repente aparece contaminando bilhões de pessoas com genes misturados de gripes humana, aviária e suína oriental e ocidental: Vídeo Youtube: Gripe suína A aviária novavax Tamiflu farsa …

Resumo Final

Eis um resumo de tudo o que foi escrito acima para quem não tem tempo nem disposição para ler, examinar e tirar sua própria conclusão sobre o vírus H1N1 e sua pandemia: A. A respeito da Versão Oficial sobre a gripe suína: 1. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a gripe suína é causada …

Comunicado do HC de Curitiba

Recebi hoje de uma paciente que é médica a informação de que o Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba lançou no seu site um comunicado esclarecendo a população acerca da gripe H1N1, o que veio em um momento muito oportuno e é bastante esclarecedor, corroborando os dados que eu lancei ontem neste meu blog. Estou …

Atualizações

Nesta página, que estou chamando de “Atualizações”, vou colocar juntos tanto os dados “oficiais” quanto os “não-oficiais”, já que anteriormente demonstrei as diferenças dos seus pontos-de-vista e agora só vou acrescentar as novas informações que estão circulando na mídia, fazendo alguns comentários quando julgar necessário. Vamos lá: Gripe A H1N1: Número de mortos no Brasil …

Mortes e Efeitos Colaterais da Vacina H1N1

Ao longo destes meses após a vacinação em massa no Brasil com a vacina da gripe H1N1, muitos pacientes me relataram efeitos colaterais logo após a vacina e outros tiveram sintomas de gripe por vários meses seguidos. Uma paciente me relatou o caso de um amigo que ficou paralisado e teve que usar cadeira de …

10 comentários

1 menção

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    • Daniela em 12 de agosto de 2009 às 18:50
    • Responder

    O melhor material que já vi, até agora, ou melhor, o único material que li que procura explicar tudo, de forma imparcial e tudo muito bem embasado.
    Só podia ser o Paulo!
    Obrigada por compartilhar.

    • Tereza Luxi em 12 de agosto de 2009 às 23:05
    • Responder

    Toda vez que falo com vc, ou leio algo escrito por vc, me surpreendo. Vc simplifica e deixa tudo tão conciso,
    e transcende minha atual evolução.

    • Haroldo Silva em 13 de agosto de 2009 às 15:21
    • Responder

    Excelentes comentários.

    • Maria Claudia em 13 de agosto de 2009 às 18:27
    • Responder

    ATÉ QUE ENFIM ALGO EFETIVAMENTE ESCLARECEDOR. Muito Bom !!!! Obrigada Dr. Paulo.

    • Luciana Neves em 14 de agosto de 2009 às 0:32
    • Responder

    Obrigado por me tranquilizar.

    • juliana em 19 de fevereiro de 2012 às 17:44
    • Responder

    queria saber seu telefone e endereço pra marcar uma consulta

    1. Juliana:
      Rua Padre Anchieta, 820. Mercês. Telefones: 3336-5022 e 3336-3855.

    • Cristina em 23 de maio de 2012 às 17:23
    • Responder

    Eu não consigo acessar o texto sobre a vacina da H1N1. tem com enviá-lo para o meu e-mail.

    Obrigada
    Cristina

    1. Cristina, esta foi a primeira página que escrevi no meu site e não fala diretamente do H1N1, ok?
      Tente novamente abrir, ou veja se abre em outro computador: é só clicar encima do item: http://drpaulomaciel.com.br/a-pandemia-do-h1n1/.
      Abs

  1. […] do H1N1 « Blog Dr Paulo Maciel 12 08 2009 O Dr Paulo Maciel publicou em seu blog uma extensa pesquisa acerca do H1N1, fazendo uma análise crítica dos e-mails, das versões oficiais e não oficiais, […]

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