Efeitos dos Transgênicos na Saúde Humana

TRANSGÊNICOS SÃO PERIGOSOS E DEVEM SER BANIDOS [1]

Diretor executivo do Instituto pela Tecnologia Responsável, e autor dos livros “Sementes da Decepção” e “Roleta Genética”, Jeffrey Smith dedica boa parte do seu tempo viajando o mundo para dar palestras e alertar governos sobre os riscos da biotecnologia aplicada aos alimentos. Smith veio ao Brasil participar do seminário Alimentos Transgênicos e seus Impactos na Saúde. Em seguida, concedeu esta entrevista à revista do Greenpeace.

01. Qual é a sua principal preocupação em relação aos transgênicos hoje em dia: contaminação genética, riscos à saúde humana ou a ameaça econômica dessa tecnologia?

Resp. Eu me especializei nos perigos à saúde dos organismos geneticamente modificados (OGMs), que hoje estão ligados a milhares de doenças, casos de esterilidade e morte, milhares de reações tóxicas e alérgicas em humanos, e danos a virtualmente todo órgão e sistema estudados em animais de laboratórios. Esses perigos, no entanto, ganham ainda mais força pelo fato dos OGMs contaminarem as plantações não-transgênicas e as espécies selvagens, permanecendo no meio ambiente por muito tempo.

02. O governo francês anunciou recentemente que vai congelar o cultivo de transgênicos no país até que seja possível provar que esses organismos não oferecem risco aos humanos e ao meio ambiente. Outros países europeus fizeram o mesmo. Por outro lado, países como Brasil, China e Índia estão ampliando suas plantações de transgênicos. Como você explica isso?

Resp. Está claro para mim que o assunto ganhou força no Brasil graças a uma combinação de desinformação e forte influência da Monsanto e outras corporações multinacionais, além dos Estados Unidos. Isso é também verdade para outros países que estão apostando nos transgênicos, mas sua adoção é um passo ruim em termos econômicos para os agricultores e para a economia do país em geral.

O impacto dos transgênicos nos Estados Unidos e no Canadá foi um desastre econômico. As exportações de milho e canola para a Europa se perderam, as vendas de soja estão baixas e o governo americano gasta de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões por ano para assegurar os preços das colheitas de transgênicos que ninguém quer. A expansão dos transgênicos no Brasil prejudica a oportunidade do país de se aproveitar do crescente mercado para produtos não-transgênicos?

03. Muitos países têm regras sobre a rotulagem de produtos que são fabricados com matéria-prima transgênica, mas quase ninguém as respeita. No Brasil, acontece o mesmo. Como o direito do consumidor de escolher entre transgênicos e não-transgênicos pode ser respeitado?

Resp. A rotulagem funciona bem na União Européia, mas é praticamente ignorada no Brasil. Isso é uma vergonha terrível e deixa os consumidores sem escolha de obter produtos não-transgênicos mais saudáveis. Não conheço os recursos legais ou legislativos que os brasileiros podem ter para forçar as empresas a seguir a lei. Nos Estados Unidos não temos regras de rotulagem para transgênicos. Como uma alternativa, estamos promovendo um rótulo que diz “ não-transgênico”. Já os vi em alguns produtos no Brasil. Sem essa afirmação (ou um rótulo de produto orgânico), consumidores teriam de evitar todos os produtos brasileiros contendo derivados de soja ou óleo de semente de algodão – que são plantados no país. Para produtos americanos, os consumidores também teriam que evitar derivados de milho e canola, que são, em sua maioria, transgênicos.

04. Em sua apresentação no seminário sobre transgênicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, você observou que, quanto mais os consumidores sabem sobre os transgênicos, mais eles o rejeitam. Que tipo de informação ainda não chegou ao público e que deveria chegar imediatamente, devido a sua importância?

Resp.
Variedades de milho e algodão são geneticamente modificados para produzir uma proteína pesticida chamada toxina Bt (do Bacillus thuringiensis). Ela é usada por agricultores na forma de spray e por isso foi considerada inofensiva para o ser humano. Mas isso é claramente equivocado. As pessoas expostas ao spray com a toxina Bt tiveram todos os tipos de sintomas alérgicos, e ratos que ingeriram o Bt tiveram alterados seus sistemas imunológicos e apresentaram crescimento anormal e excessivo de células. O Bt encontrado em alguns transgênicos é mais tóxico, e milhares de vezes mais concentrado do que o spray, e vem sendo acusado por inúmeros casos de doenças em humanos e outros seres vivos.

Outro problema é que os genes inseridos nesses organismos geneticamente modificados podem ser transferidos da comida para a bactéria que temos em nosso aparelho digestivo ou outros órgãos internos. Essa possibilidade foi descartada antes baseada na suposição de que genes ingeridos são destruídos rapidamente pelo sistema digestivo. Não é bem assim.Estudos em animais demonstraram que o DNA ingerido pode viajar pelo corpo, incluindo até o feto por meio da placenta. Os transgenes de plantações geneticamente modificadas ingeridos por animais foram encontrados no sangue, fígado e rins. O único teste publicado sobre alimentação humana com comida transgênica verificou que o material genético inserido na soja transgênica foi transferido para o DNA das bactérias do intestino.

Agora, junte os dois riscos acima a um terceiro. Se o gene do milho que cria a toxina Bt for transferido para as bactérias de nosso sistema digestivo (como partes do gene da soja vem fazendo), nossa flora intestinal pode ser transformada numa fábrica viva de pesticida.

Além desse problema, animais de laboratório alimentados com comida transgênica tiveram problemas de crescimento, no sistema imunológico, sangramento estomacal, crescimento anormal e potencialmente cancerígeno de células no intestino, desenvolvimento anormal de células sanguíneas, problemas nas estruturas celulares do fígado, pâncreas e testículos, alteração da expressão genética e do metabolismo celular, lesões no fígado e rins, fígados parcialmente atrofiados, rins inflamados, cérebros e testículos menos desenvolvidos, fígados, pâncreas e intestinos inchados, redução das enzimas digestivas, alta no açúcar no sangue, inflamação no tecido pulmonar, e aumento nas taxas de mortalidade. Dezenas de agricultores relataram que variedades transgênicas de milho causaram esterilidade em seus porcos e vacas, pastores afirmam que 25% de suas ovelhas morreram ao comer plantas de algodão Bt (cerca de 10 mil ovelhas mortas), e outros afirmam que vacas, búfalos, galinhas e cavalos também morreram após comer plantações transgênicas. Agricultores filipinos, em pelo menos cinco vilarejos, ficaram doentes quando o milho Bt de plantações vizinhas estava polinizando, e centenas de trabalhadores na Índia relataram reações alérgicas ao manusear algodão Bt.

05.  Pessoas que comem produtos transgênicos por longos períodos podem ter problemas de saúde? Há casos ou evidências disso?

Resp. Uma das afirmações mais anti-científica e perigosa já feita pela indústria de biotecnologia é que milhões de pessoas nos Estados Unidos comeram alimentos transgênicos durante uma década e ninguém ficou doente. Pelo contrário, os transgênicos podem estar contribuindo para sérios problemas de saúde, mas, como ninguém estava monitorando isso, pode levar várias décadas até que seja possível identificar esses problemas.

Nos anos 80, cerca de 100 americanos morreram e entre cinco mil e dez mil ficaram doentes devido a um suplemento alimentar transgênico, chamado L-tryptophan. Apesar de ter havido um esforço concentrado para desviar a culpa para outras causas, é quase certo que a epidemia aconteceu devido ao processo de engenharia genética. A epidemia quase foi ignorada. A razão pela qual foi descoberta foi que os sintomas eram únicos, agudos e apareceram rapidamente.

Na Inglaterra, alergias à soja dispararam em 50% depois que a soja transgênica foi introduzida no mercado. Mas sem pesquisas e testes clínicos em seres humanos, não podemos saber se a soja transgênica é realmente a culpada. Os alimentos transgênicos podem estar contribuindo para vários tipos de problemas de saúde nas pessoas, mas a essa ligação pode não ser descoberta em anos, se é que vai.

Mais Enfermidades Ligadas ao Milho Transgênico Bt. [2]

Evidências posteriores emergem em conexão entre proteínas transgênicas comuns e sérias reações alérgicas enquanto as autoridades fazem ouvidos moucos e continuam aprovando mais plantios. Dr. Mae-Wan Ho

As mesmas proteínas implicadas em dois tipos diferentes de culturas transgênicas

Recentemente relatamos enfermidades e mortes entre os moradores de pequenas comunidades no sul de Mindanao nas Filipinas que há suspeitas de estarem conectadas ao cultivo do milho geneticamente modificado ‘Bt’ com a proteína inseticida da bactéria de solo Bacillus thuringiensis [1] (“GM ban long overdue, five deaths and dozens ill in the Philippines”, SiS29).

Desde então, enfermidades similares estão sendo relatadas no estado da Índia central, Madhya Pradesh, como resultado de exposições ao algodão ‘Bt’ geneticamente modificado com a mesma proteína (s) inseticida, ou similar.

A Índia começou o plantio comercial do algodão Bt em 2002/03 com 38.038 ha (0,78 por cento da área de híbridos), aumentando para 6,4 por cento e 11,65 por cento respectivamente em 2003/4 e 2004/5. Atualmente, cerca de 9 milhões de ha de algodão estão crescendo na Índia, 2,8 milhões são de algodão híbrido.

Madhya Pradesh é o quinto estado que mais planta algodão na Índia, sendo Malwa e Nimad as regiões algodoeiras mais importantes. As variedades de algodão BT plantadas foram desenvolvidas pela Monsanto, e levam a proteína inseticida Cry1Ac (Bollgard) ou ambas, a Cry1Ac e a Cry1Ab (Bollgard II), de acordo com artigo do website da indústria [2].

Os agricultores da região de Nimad no oeste de Madhya Pradesh começaram a se queixar dos perigos sobre a saúde depois que começaram a plantar o algodão Bt. Isto instigou a três membros que representavam um grupo de trabalho de uma coalização de organizações não governamentais a realizarem estudos preliminares em seis comunidades na região de Nimad entre outubro e dezembro de 2005.

Sintomas similares

A equipe entrevistou 23 trabalhadores rurais e de manufaturas que se sentiram doentes depois de terem manuseado o algodão Bt. Todos tiveram comichões na pele, vinte com erupções no corpo e treze com inchaço no rosto. Em alguns casos, a comichão estava tão intensa que tiveram que interromper o trabalho várias vezes, tomando medicamentos antialérgicos para que pudessem voltar às atividades.

A pesquisa resultou num relatório que conclui [3]: “Toda a evidência reunida durante a investigação mostra que o Bt vem causando alergia de pele, do trato respiratório superior e nos olhos entre pessoas expostas ao algodão…. A alergia não está restrita aos trabalhadores rurais envolvidos na colheita, mas também naqueles que carregam e descarregam o produto dos vilarejos para o mercado bem como os que manuseiam ao pesá-lo e descaroçá-lo além dos que armazenam em suas casas e lidam com ele de outras formas.”

O grupo de trabalho consistia do Dr. Ashish Gupta do Jan Swasthya Abhiyan (Movimento de Saúde Popular, Índia); Ashish Mandloi, um emérito graduado pela Faculdade de Barwani e que trabalho com o Narmada Bachao Anolan (Movimento Salve o Rio Narmada) e associado aos Movimentos Nacionais de Aliança dos Povos; e também Amulya Nidhi, ativista da saúde pública que trabalha tanto em Maharastra como em Madhya Pradesh e especializado em Desenvolvimento de Comunidades Urbanas e Rurais além de associado com Shilpi TrustJan Swasthya Abhiyan. (nt.: ver a página da Internet: http://www.gmwatch.org/archive2.asp?arcid=6265).

A pesquisa cobriu seis vilarejos nos distritos de Barwani e Dhar da região de Nimad em Madhya Pradesh, entrevistando vários grupos de pessoas envolvidas no manuseio do algodão – mulheres que fazem a colheita, trabalhadores que carregam e descarregam e operários das fábricas que descaroçam o algodão – além do médico local e um cientista agrícola.

Sintomas de alergia nos trabalhadores agrícolas e outros operários que manuseiam o algodão GM Bt.

O grupo detectou sintomas alérgicos em pessoas que têm contato direto com o algodão Bt com suas mãos, pés, rostos, olhos e narizes com aspectos de “doença muito severa.”

A pelo era o local de alergia mais comum: comichões, vermelhidão, erupções e inchaço. De maneira constante, depois de 4-5 horas de exposição a maioria das pessoas reclamava de comichão no rosto e nas mãos. Logo a comichão aumentava e no final da jornada de trabalho, apresentavam vermelhidão nas mãos e na face além de inchaços no rosto. Depois de uma exposição continuada de um a dois dias, pequenas erupções poderiam aparecer na maioria das vezes no rosto. Os sintomas começavam a declinar depois de períodos que variavam de quatro a cinco dias até cinco a seis meses, quando descolorações negras poderiam aparecer sobre a pele.

A população afetada não tinha história pregressa de alergias mesmo que estivessem envolvidos em colheita anterior de algodão.

Aqueles que apresentaram sintomas mais severos na pelo tendiam também a terem alergias associadas aos olhos e trato respiratório. Irritação nos olhos, inchaço, comichões e olhos lacrimejantes afetou 11 de 23 indivíduos; 9 tiveram sintomas no sistema superior respiratório com coriza nasal e excesso de espirros. Três tiveram sintomas brandos enquanto 10 tiveram cada um sintomas que variou de severo a moderado respectivamente.

Uma mulher teve que ser removida das áreas do plantio e levada para o Hospital Distrital de Barwani onde permaneceu por 9 dias.

A fibra vegetal do algodão pareceu ser a causa da alergia. (No caso do milho Bt nas Filipinas, o pólen ficou como sendo o suspeito de ser o culpado principal). O dono da fábrica de descaroçamento Mr. Sunil Patidar disse que sintomas tipo comichão, vermelhidão e umidade dos olhos além de tosse foram detectados em trabalhadores em sua fábrica. A maioria dos trabalhadores tiveram problemas e no ano anterior já foi mais prevalente. Disse que era porque os trabalhadores não terminaram o descarregamento do caminhão que transportava de Maharastra.

Os trabalhadores que trabalham em diferentes fábricas de descaroçamento dizem que a comichão em todo corpo era muito comum e somente quando eles ingeriam Tab.Avil (um medicamento anti-alérgico comum) diariamente tornava-os habilitados para o trabalho.

Kalibai de Kothra disse que ela trabalhou por 20 anos colhendo algodão e nunca apresentou nenhum sintoma até 2004 quando ela sofreu uma forte alergia ao colher o algodão Bt.

O dr.Ramesh de Saigaon, médico ayurvédico, atuava em Aawli, Tal Thikri no distrito Barwani. Disse que ele já recebeu em torno de 150 casos de alergia de dois vilarejos de Aawli e Saigaon em 2005. Em 2004 ele teve mais ou menos 100 casos. Prescreveu a injeção de Dexona e Levocentrigen para a pele e um anti-alérgico em gotas para os olhos.

O dr. Debashish Baner, um cientista agrícola, pensa que o algodão Bt produz a toxina Bt em todos os seus tecidos inclusive as fibras. O grupo de trabalho demanda uma investigação, mas isto significa abandonar os ouvidos moucos.

A bactéria Bt e seus esporos foram conectados anteriormente às reações alérgicas.

As toxinas vêm da bactéria de solo Bacilllus thuringiensis (Bt), cepa comum da qual produz uma grande família de proteínas inseticídicas Cry cada um dirigindo-se a diferentes variações de insetos pestes. Cepas de Bt têm sido empregadas para ser aspergidas para controlar insetos pragas nos EUA por muitos anos antes dos cultivos transgênicos serem criados.

Um estudo publicado em 1999 financiado pela US Environment Protection Agency/EPA (nt.: Agência Norte-americana de Proteção Ambiental) detectou que a exposição das pulverizações do Bt “podem desencadear sensibilização alérgica da pele e indução aos antibióticos IgE e IgG ou a ambos”.

Trabalhadores agrícolas que colheram hortaliças que exigiram pulverização de Bt foram avaliados antes e depois da exposição à pulverização de Bt e um e quatro meses depois. Dois grupos de trabalhadores com baixa e média exposição não expostos diretamente à pulverização de Bt, mas trabalhando em diferentes distancias dos campos pulverizados foram também avaliados. Investigações incluíram questionários, lavagens nasais e bucais, avaliações de funções respiratórias e testes de pele. Para autenticar a exposição para o organismo presente na preparação comercial, bactérias foram isoladas de espécimes lavadas e testadas para os genes Bt pela hibridação DNA-DNA. Imunoglobulinas do sangue G e IgE que responderam aos extratos de esporos e vegetativos Bt foram experimentados.

Testes positivos em puncturas na pele para vários extratos de esporos foram vistos principalmente em trabalhadores. Em particular, houve um aumento significativo no número de testes positivos de pele para extratos de esporos entre um e quatro meses depois da pulverização de Bt. O número de respostas aos testes de pele positivo em grupos de trabalhadores foram também significativamente grandes tanto em altas como em baixas e medias exposições. A maioria das culturas de lavagens nasais de trabalhadores expostos foi positiva dos organismos comerciais de Bt como demonstrado por provas de moléculas específicas genéticas. Antibióticos IgE específicos estavam presentes na maior parte dos trabalhadores de grupos de altas exposições do que de grupos de baixa e média exposição. Antibióticos IgG específicos também ocorrem mais freqüentemente em grupo de alta do que de baixa exposição.

Numa pesquisa de saúde pública anterior com um grande número de pessoas expostas a um programa de pulverização mássica de agrotóxico Bt, alguns dos sintomas relatados incluía brotoeja e inchaço profundo. Um trabalhador desenvolve inflamação na pele, comichões e pele ruborizada com vermelhidão dos olhos. O Bt foi cultivado dos olhos vermelhos.

Em 1992, o Bt foi utilizado num programa de controle da mariposa asiática e foi detectado estar associado com sintomas de renite clássica alérgica (inflamação da mucosa nasal), exacerbação de asma e reações cutâneas entre os indivíduos expostos que reportaram possíveis efeitos de saúde após as operações de pulverização. Descobertas similares ocorreram durante outra aspersão de Bt na primavera de 1994.

Alergias desencadearam 75% dos casos de asma.

Alergenicidade é uma preocupação particular em razão de aproximadamente 75% dos casos de asma serem desencadeados por alergênicos e doenças e mortes foram disparadas em anos recentes. Mortes por asma triplicaram nos EUA de 1.674 em 1977 para 5.438 em 1998. Os custos da asma dobraram de 6,2 bilhões de libras esterlinas em 1990 para 12,7 bilhões em 2000.
Os cultivos Bt foram pela primeira vez introduzidos nos EUA, em 1996, e teve uma rápida expansão em área desde então, com pequeno ou nenhuma pesquisa anterior quanto à toxicidade ou alergenicidade das proteínas Cry liberadas em maiores e maiores quantidades no ambiente. Estudos limitados executados por grupos de pesquisa em Cuba demonstraram que a Cry1Ac é um poderoso antígeno e quando dado como alimento a camundongos, induz a respostas antibióticas similares aqueles obtidos com a toxina da cólera. Além disso, a Cry1ac conecta-se ativamente à superfície interna do intestino delgado do camundongo, especialmente às membranas do bordo em escova nas células que cobrem o intestino delgado [11].

Isto também demonstrou que todas as proteínas Cry nos cultivos Bt têm seqüência de aminoácidos com similaridades ao conhecidos alergênicos [12-14], e que são portanto alergênicos potenciais.

Regulamentadores têm culpa por sua grande negligência.

Por enquanto, a indústria biotecnológica tem agido agressivamente na promoção dos cultivos GM em todo o mundo, especialmente aqueles com os bio-agrotóxicos Bt e em países em desenvolvimento como Índia e as Filipinas. A última pesquisa executada pelo grupo ISAA financiada pela indústria clama que a área dada para os cultivos GM cresceu de 81 milhões de há em 2004 para 90 milhões em 2005 [15]. Os cultivos Bt agora compreendem 29% do total (18% de Bt e 11% misturam Bt e tolerante a herbicida).

Os regulamentadores públicos continuam a aprovar cultivos de Bt apesar do fato de que sucessivas pesquisas realizadas tanto por cientistas como por organizações não governamentais demonstrarem que estes cultivos falharam ao compararem seu desempenho com as variedades locais e os fazendeiros que se deixaram envolver pela agressiva propaganda que findou em débito e pior, em suicídio, até o ponto que uma “crise agrária” fosse declarada em Maharastra.

As últimas evidências dos impactos sérios de saúde conectando o cultivo Bt que chegam, corroboram as descobertas anteriores retornando aos anos oitenta quando poderia ter sido estancado então o desenvolvimento e a aprovação dos cultivos Bt.

Por agora, isto é simplesmente uma grande negligência não ser imposto o banimento de posteriores liberações dos cultivos Bt até que eles tenham sido constatados ser seguros através de pesquisas completamente independentes.

[1] Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná (AEN) / Greenpeace

[http://www.terraverdi.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=91&Itemid=26]

[2] Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha.

[http://www.nossofuturoroubado.com.br/arquivos/maio_09/mais_efermidades_ligadas_ao_milho.html]

4 comentários

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    • thalyta em 26 de setembro de 2010 às 11:41
    • Responder

    nao gostei

    • lais em 17 de novembro de 2010 às 14:29
    • Responder

    iden

    • Francisco em 17 de janeiro de 2012 às 15:02
    • Responder

    Caro Dr.
    sou veterinário e trabalho com reprodução de equinos. Gostaria de saber se existem fontes sobre a interferência dos transgênicos na fertilidade.
    Grato
    Abs e parabéns

    1. Francisco, desconheço esta informação.
      Abs

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