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Tipos de Depressão

Tipos de depressão:

     Este é um texto com um resumo dos diversos tipos de Depressões, que deverá ser aprofundado em momento oportuno com outros questionamentos.

  1. Depressão por perda real (luto): Acontece quando perdemos algo de valor pessoal (pessoas, animais de estimação, casa, emprego, etc.). A dor de um luto tem prazo de validade para acabar e é proporcional ao nível de apego que você desenvolveu com aquela pessoa ou condição. A nostalgia e a saudade serão diferentes com o tempo e gradualmente distintas. No luto, o indivíduo sofre porque perdeu o seu objeto de amor. O enlutado sofre, porque deseja o objeto de amor, que está ausente. O luto é uma perda real, em função disso, é fácil compreender que a pessoa enlutada não tenha vontade de fazer nada.
  2. Depressão causada por outras doenças:
    1. Depressão psicótica ocorre quando a pessoa tem depressão grave mais alguma forma de psicose, como apresentando crenças falsas perturbadoras ou uma ruptura com a realidade (delírios), ou ouvindo ou vendo coisas desagradáveis que os outros não conseguem ouvir ou ver (alucinações).
    2. Depressão pós-parto, que é muito mais grave que a chamada “baby blues” que muitas mulheres sentem após dar à luz, quando mudanças físicas e hormonais e a nova responsabilidade da maternidade podem ser angustiantes. Estima-se que 10 a 15 por cento das mulheres apresentam depressão pós-parto após dar à luz.
    3. O hipotireoidismo: O hipotireoidismo é uma condição na qual a glândula tireoide não libera uma quantidade suficiente de hormônios. Porque estes hormônios são necessários para a função do cérebro e corpo. As pessoas com este transtorno geralmente experimentam fadiga, diminuição da concentração e uma baixa no humor – características da depressão.
    4. O diabetes é outra doença que é comumente confundida com a depressão. Muitas vezes, as pessoas desenvolvem diabetes tipo 2 sem reconhecê-lo. Eles podem de repente encontrar-se perdendo peso, sentindo-se cansados e mais irritados do que o habitual. Uma vez que todos esses sintomas também estão associados com a depressão, eles podem deixar de reconhecer que seu corpo está tendo problemas com a insulina. A resistência à insulina, um dos precursores da diabetes tipo 2, foi significativamente associada à depressão.
    5. Síndrome da fadiga crônica –é uma doença caracterizada por extrema fadiga sem causa aparente. Síndrome da fadiga crônica também envolve dificuldades de concentração, dor muscular e problemas com o sono. Uma vez que estes sintomas também estão associados com a depressão, as pessoas com síndrome de fadiga crônica são frequentemente diagnosticadas de forma equivocada. Um estudo descobriu que a síndrome da fadiga crônica é sub-diagnosticada em mais de 80%das pessoas e que a depressão é o diagnóstico errôneo mais comum.

3.      Depressão de inverno (depressão sazonal de inverno) A depressão de inverno também chamada de depressão sazonal de inverno / Transtorno afetivo sazonal, é uma doença que muitas pessoas sentem com as mudanças de estação de verão para o outono e para o inverno. A depressão de inverno é um tipo de depressão sazonal. Este tipo de depressão tem sido parcialmente responsável por o aumento do número de suicídios que acontecem no inverno, como acontece no país da Finlândia! O Transtorno afetivo sazonal (TAS) é caracterizado pelo surgimento da depressão durante os meses de inverno, quando há menos exposição de luz solar natural. A depressão geralmente melhora durante a primavera e o verão. O TAS pode ser tratado efetivamente com fototerapia, mas quase a metade destes pacientes não melhoram apenas com a fototerapia ou terapia de exposição à luz. Os antidepressivos e psicoterapia podem reduzir os sintomas do TAS, tanto isoladamente quanto em associação com a foto terapia.

  1. Depressão por falta de vitaminas:
    1. Vitamina B12: Segundo o psiquiatra Sander Fridman, a falta do nutriente contribui para a depressão, em pessoas com propensão ao problema. No entanto, essa deficiência não costuma, sozinha, ser suficiente para o desenvolvimento de transtorno depressivo. A vitamina B12 é essencial para a saúde do sistema nervoso central. A carência dela pode provocar tremedeiras, esquecimento, fraqueza e falta de disposição. — Dessa forma, em alguns casos, podem surgir sintomas inespecíficos da depressão, como tristeza e desânimo. Em outros, mais raros, há a possibilidade de aparecer sinais específicos, como vontade de morrer, mas é preciso que o quadro orgânico esteja associado a fatores emocionais e mentais — afirma Fridman, médico do Hospital Adventista Silvestre.
    2. Vitamina D: Em estudos de revisão, pesquisadores relacionaram a deficiência de vitamina D à depressão, particularmente em adultos mais velhos. Em uma análise, 65% dos estudos observacionais encontraram relação entre baixos níveis sanguíneos e depressão. Alguns estudos controlados demonstraram que administrar vitamina D para pessoas com deficiência ajuda a melhorar a depressão, incluindo a depressão sazonal, que acontece durante os meses mais frios do ano. Resumindo: A depressão está associada com níveis baixos de vitamina D e alguns estudos descobriram que a suplementação melhora o humor.
  1. Distimia é uma forma crônica de depressão, porém menos grave do que a forma mais conhecida da doença. Com a distimia, os sintomas de depressão podem durar um longo período de tempo – muitas vezes, dois anos ou mais. O paciente com distimia pode perder o interesse nas atividades diárias normais, se sentir sem esperança, ter baixa produtividade, baixa autoestimae um sentimento geral de inadequação. As pessoas com distimia são consideradas excessivamente críticas, que estão constantemente reclamando e são incapazes de se divertir. Trata-se de uma doença crônica, de instalação insidiosa e curso superior há 2 anos. Seus sintomas são bastante parecidos com o da depressão clássica, mas são mais leves e menos incapacitantes, o que dificulta o diagnóstico e a reduz a busca por ajuda.
  2. Depressões neuróticas: são estados entristecidos de humor de duração prolongada, de maior ou menor intensidade e de qualidade diferente da tristeza reativa e que geralmente se acompanham de outros sintomas neuróticos. Essas depressões podem ser chamadas de endorreativas porque elas tanto dependem de fatores interiores do paciente, quanto de ocorrências ambientais. No entanto, nelas não há adequação nem uma exata proporção entre os acontecimentos objetivos e as reações depressivas porque aqueles são vivenciados de maneira simbólica, alterada, nem sempre objetiva, e assumem significados diferentes do normal. As depressões neuróticas em geral pioram à tarde e à noite e melhoram pela manhã, ao contrário das depressões endógenas. É típica a Depressão de Domingo à noite.
  3. Depressão maior: uma tríade de sintomas, sempre presentes, caracteriza a depressão maior ou endógena: Tristeza profunda. Inibição psicomotora. Lentificação dos ritmos fisiológicos. Como correlatos desses sintomas, nelas ocorrem, além dos sintomas gerais, uma completa anedonia (perda de prazer nas atividades diárias); diminuição da capacidade de raciocinar, concentrar e tomar decisões; total abolição do interesse sexual; isolamento social e ideias (e às vezes consecução) de suicídio. Essas depressões se acentuam pela madrugada e o paciente está pior pela manhã que à tarde. Em geral elas coexistem com episódios inversos, de hiperforia. Dentre os vários fatores causais da depressão maior sobrelevam em importância as alterações dos neurotransmissores cerebrais, notadamente da serotonina. Por isso, o tratamento dela é feito por meios físicos, através de medicamentos ou de eletroconvulsoterapia (eletrochoque). Essas depressões podem cursar com sintomas psicóticos como delírios e/ou alucinações, congruentes com temas depressivos.
  1. O Transtorno Bipolar, também chamado doença maníaco-depressiva, não é tão comum quanto a depressão maior ou a distimia. O Transtorno Bipolar, também conhecido como doença maníaco-depressiva, é um transtorno cerebral que causa mudanças incomuns no humor, na energia, nos níveis de atividade e na capacidade de realizar as tarefas do dia-a-dia. Ele atinge cerca de 4% das pessoas em idade adulta. Existem quatro tipos básicos de transtorno bipolar; Todos eles envolvem mudanças claras no humor, na energia e nos níveis de atividade. Esses estados de humor variam de períodos de comportamento extremamente “ascendente”, exaltado e energizado (conhecido como episódios maníacos) a períodos muito tristes, “baixos” ou sem esperança (conhecidos como episódios depressivos). Os períodos maníacos menos severos são conhecidos como episódios hipomaníacos.

      Tipos de Transtorno Bipolar

  1. Transtorno Bipolar I – definido por episódios maníacos que duram pelo menos 7 dias, ou por sintomas maníacos que são tão graves que a pessoa precisa de cuidados hospitalares imediatos. Geralmente, episódios depressivos ocorrem também, tipicamente durando pelo menos 2 semanas. Episódios de depressão com características mistas (com depressão e sintomas maníacos ao mesmo tempo) também são possíveis.
  2. Transtorno Bipolar II – definido por um padrão de episódios depressivos e episódios hipomaníacos, mas não os episódios maníacos desenvolvidos acima.
  3. Desordem ciclotímica (também chamada ciclotimia) – definida por numerosos períodos de sintomas hipomaníacos, bem como inúmeros períodos de sintomas depressivos de pelo menos 2 anos (1 ano em crianças e adolescentes). No entanto, os sintomas não atendem aos requisitos diagnósticos para um episódio hipomaníaco e um episódio depressivo.
  4. Outros Transtornos Bipolares e Relacionados Especificados e Não Especificados – definidos por sintomas de transtorno bipolar que não correspondem às três categorias listadas acima.