Alergia ao Leite de Vaca

Aos leitores do meu site:

Estou escrevendo este texto introdutório nesta página e em algumas outras mais acessadas para passar informações importantes e pertinentes aos objetivos do meu trabalho.

O objetivo inicial e primordial do site é trazer informações novas e questionamentos importantes acerca do conhecimento científico humano, em particular da medicina e afins, ampliando nossos pontos de vista para aspectos inusitados do ser e do saber humanos.

Sendo assim eu questiono aqui os limites do conhecimento científico e alopático, esperando que as pessoas analisem a saúde de uma forma mais complexa e que os médicos revejam seus conceitos cristalizados em suas formações específicas.

Mas alguns temas acabaram virando fontes pessoais de consultas e esclarecimentos que fogem ao propósito do site, tais como análise de exames particulares e dúvidas em relação à conduta de outros colegas meus, a maioria alopatas.

No momento deste esclarecimento eu tenho em média 1.000 acessos por dia e estou com 1.759 perguntas respondidas e 581 à espera de resposta, o que está inviabilizando a publicação de novos temas e novas páginas (66 atualmente).

O que eu percebo também é que as pessoas leem apenas o texto principal e não se atém às perguntas respondidas por outros leitores, fazendo com que muitas perguntas sejam repetitivas, assim como suas respostas.

O que eu espero, a partir deste aviso, é que as pessoas leiam tudo o que está escrito no texto e também tudo o que está escrito nas outras páginas relacionadas ao tema, antes de fazer a pergunta, que provavelmente já está respondida em outro lugar.

Espero, também, que as pessoas levem aos seus médicos o endereço do meu site e convidem os seus médicos a lerem os textos para que eles ampliem sua visão pessoal e a saúde no Brasil possa melhorar de uma forma bem mais ampla e benéfica.

Muitas perguntas feitas são casos de emergência médica e este site não é da Ecco Salva, SIATE ou dos bombeiros que atende aos pedidos de urgência. Uma pessoa uma vez escreveu que estava se afogando e queria saber o que fazer naquele momento!

Enfim, o objetivo principal é passar novas informações e formar novas opiniões e por isso agradeço se você, leitor, passar estas ideias para frente, para seus amigos e para seus médicos, o que já será de grande valia.

Abraços a todos.

Alergia e Intolerância ao Leite de Vaca

milk

A alergia às proteínas envolve princípios completamente diferentes da intolerância à lactose. Não existe alergia à lactose, pois, sendo um açúcar, a lactose não apresenta alergenicidade. Diversas proteínas podem causar alergia, incluindo as do leite, do ovo, do trigo e do amendoim, dentre outras. Entretanto as proteínas do leite e as do ovo são as que causam maiores problemas às crianças de pouca idade.

Nas proteínas do leite existem mais de 30 sítios alergênicos, que podem causar problemas. O que ocorre na alergia é a produção de grandes quantidades de imunoglobulinas (Ig’s) contra os sítios alergênicos, causando reações as mais diversas.

No caso da alergia, é muito difícil mudar os sítios ativos das proteínas, tornando-os inativos. A melhor forma é eliminar da alimentação as proteínas que contêm os sítios alergênicos ativos. Em alguns casos, ocorre também o que se chama de alergia cruzada, ou seja, os sítios alergênicos ocorrem também em proteínas de outros alimentos, além do leite de vaca.

A alergia verdadeira é uma reação envolvendo o sistema imunológico do corpo, com formação de anticorpos nas células brancas do sangue. O sistema imunológico combate os invasores estranhos ao corpo usando os anticorpos. Quando esses invasores são bactérias e vírus perigosos, a resposta imunológica é necessária e desejável. No caso da alergia às proteínas do leite, por outro lado, a resposta imunológica seria desnecessária, além de causar diversos problemas.

O que causa a alergia ?

A alergia é causada em crianças por proteínas que não existem normalmente no leite humano e que são introduzidas na nova alimentação do bebê. As proteínas do leite mais envolvidas na alergia são as caseínas, a beta-lactoglobulina e a alfa-lactoalbumina.

casein

A “alergia verdadeira” é causada pelas imunoglobulinas E (IgE), em resposta à presença destas proteínas consideradas como antigênicas pelo sistema imunológico das crianças. A IgE causa liberação de substâncias vaso-ativas por alguns tipos de células, que causam problemas. O uso exclusivo do leite humano até aos seis meses de vida, reduz significantemente a incidência cumulativa de alergia ao leite de vaca, durante os primeiros 18 meses de vida.

É muito comum a alergia às proteínas do leite ?

Nos adultos, a alergia pode ser considerada rara, parecendo ser mais comum em mulheres. Entretanto, pessoas de todas as idades podem apresentar alergia às proteínas do leite de vaca pela primeira vez, desde a adolescência até a idade adulta.

Embora o leite de vaca esteja implicado com problemas de alergia, cerca de 50% das pessoas apresentam alergia simultânea às proteínas de outros alimentos, incluindo ovos, soja, amendoim, achocolatados, laranja, peixes e trigo. Cerca de 50 a 80 % das pessoas que apresentam alergia ao leite também podem apresentar alergia a inalantes alergênicos, como pólen, pêlos de animais, mofo, poeira de carpetes etc.

eggs

amendoim2

Ovo

Amendoim

soya

seafood

Soja

Frutos do Mar

Quais são os sintomas da alergia ao leite ?

Diagnosticar alergia às proteínas dos alimentos requer muitas análises por parte dos médicos. A alergia pode ocorrer em mais de um alimento e os sintomas são os mais diversos. Isto torna difícil distinguir se os sintomas são devidos à alergia ao alimento ou a outros problemas. Os sintomas da alergia podem ser classificados em seis tipos:

Sistema Gastrointestinal

Sistema Respiratório

Olhos

Cólica, Vômito
Diarréia, Sangue nas fezes
Constipação, Gases
Colite, Náusea

Nariz escorrendo, Espirros, Tosse, Congestão,Asma, Bronquite, Coceira no nariz, Sintomas de gripe, Respiração difícil

Olhos lacrimejantes
Olhos vermelhos
Círculos escuros
Coceira
Conjuntivite

Sistema Nervoso Central

Pele

Outros sintomas

Irritabilidade
Perda de sono
Tontura prolongada  Dor de cabeça, Cansaço

Eczema, Dermatite
Urticária, Vermelhidão
Coceira
Inchamento dos lábios, boca, língua e garganta

Infecção no ouvido                Perda de peso               Suar em excesso  Baixo rendimento     escolar            Dificuldade de convivência            Depressão            Choque anafilático

Geralmente, mais de um sistema do corpo estão envolvidos nas reações alérgicas. Os sintomas gastrointestinais são os mais comuns. Como pode ser observado, as reações realmente são muito diversas, dependendo de cada caso. Os sintomas da alergia podem surgir imediatamente ou até várias horas ou dias após a ingestão do alimento.

Tipo 1 – Os sintomas iniciam dentro de 45 minutos da ingestão de pequenas quantidades do alimento, causando principalmente problemas na pele, eczema e urticária. Pode também apresentar problemas respiratórios (nariz escorrendo, chiado etc.) ou gastrointestinais (vômito e diarréia). Estas crianças normalmente têm concentração de IgE elevada.

Tipo 2– Os sintomas iniciam diversas horas após a ingestão, apresentando, principalmente, sintomas de vômito e diarréia.

Tipo 3– Os sintomas aparecem depois de 20 horas, ou até mesmo dias, após a ingestão, incluindo diarréia, com ou sem reações respiratórias ou na pele.

A alergia que se manifesta rapidamente tende a ser facilmente diagnosticada e é detectada no teste da pele (IgE). Por outro lado, a alergia que se manifesta muito depois da ingestão não é facilmente diagnosticada e tende a produzir doenças crônicas que às vezes, não são relacionadas facilmente com sua causa. O diagnóstico preciso, feito por um profissional, é essencial para que a causa seja determinada.

Clique para ampliar

Clique para ampliar

Imunoglobulina IgE

A alergia às proteínas pode desaparecer?

Se o leite for excluído da dieta por dois a três anos, a pessoas tem cerca de 80 % de chances de tolerar leite em pequenas quantidades. Estudos tem sugerido que, aproximadamente, um terço das crianças e adultos perdem a condição de alérgicos após evitarem os produtos de laticínios que causam a alergia por dois ou três anos. Entretanto, os pacientes com hipersensitividade a amendoim, nozes, peixes e crustáceos raramente perdem sua condição de alérgicos. Além disso, estes quatro alimentos é que causam a maioria das reações alérgicas que podem causar a morte por choque anafilático.

O tempo necessário para a alergia desaparecer depende da severidade da reação inicial. As pessoas que apresentaram sintomas de reações sistêmicas geralmente deixam de ser alérgicas depois daquelas que apresentavam sintomas de urticária em volta da boca.

Como a alergia pode ser diagnosticada?

Somente as reações ao leite que ocorrem após poucos minutos podem ser diagnosticadas com a da análise de sangue ou teste na pele, porque estes testes detectam a IgE que está envolvida na reação imediata. Cerca de 60% das reações ao leite são do tipo de reação tardia e, talvez, não apresentem resultados positivos nas análises de sangue ou pele.

Quais são os alimentos que podem causar alergia com mais freqüência?

O leite, ovo, crustáceos, peixes, nozes, trigo, frutas cítricas e amendoim são os alimentos que causam a maioria dos problemas de alergia. A alergia ao leite pode começar em qualquer idade, mas é mais comum em crianças com problemas de alergia na família. Felizmente, a alergia na maioria das crianças tende a diminuir ou desaparecer dos quatro aos seis anos.

Onde está o leite:

Manteiga, algumas margarinas, queijo, creme de leite, chocolate, sorvete, bolo, pudim, empanados, suflês, molhos, tortas, leite condensado, iogurte, farinha láctea, achocolatados, entre outros. Nos rótulos, evite Lactose, caseína, caseinato, proteína do soro, betalactoglobulina, alfalactalbumina.

Alergia X intolerância

A intolerância à lactose (açúcar do leite), que tem como sintomas mais comuns náusea, dores abdominais, diarréia ácida e gases, é mais um fator que confunde os especialistas. Diferentemente da alergia, não é preciso deixar de ingerir leite ou derivados. Normalmente basta controlar a quantidade.

Margarina x creme vegetal

Atenção alérgicos ao leite. Toda margarina contém até 3% de gordura láctea, leite ou soro de leite em sua composição, portanto deve ser evitada. Apenas os chamados cremes vegetais – alimentos produzidos com óleos vegetais, água e outros ingredientes — estão livres de leite em sua formulação. Como as embalagens são semelhantes, é bom sempre verificar os rótulos. Confira o quadro abaixo:

Cremes vegetais (que não contém leite)

Margarinas (que contém leite)

Becel® Margarella® Soya®

Ciclus® Delícia® Doriana extra cremosa® Doriana Yofresh® Leco® Mila® Primor® Qualy® Vigor®

Alguns produtos que não contém leite na composição:

Todos os rótulos devem ser lidos antes de comprar o produto

Chocolate em pó: Garoto; Toddy, Nestlé, Frades

Chocolate em barra e para cobertura: chocolate meio amargo – garoto

Cereais: Novo Milke de Vitamina c/ frutas e cereais, Neston vitamina c/ cereal, Sucrilhos banana – kellogg’s, Froot loops – kellogg’s, Corn flakes – enriquecido c/ cálcio – kellogg’s, Cereal de milho – superbom, Neston flocos de cereais, Mucilon de milho – Nestlé, Mucilon de arroz – Nestlé, Nestlé 3 frutas, Nestlé banana e aveia, Nestlé arroz c/ amido de milho.

Biscoitos: Cream-craker – marcas: nabisco, parmalat, danone, triunfo, tostines, marilan, mabel, adria, club, social, Minibit’s – nabisco, Triggy – nabisco, coco – são luiz / marilan, maizena – marcas: mabel, triunfo, maria – marcas: dunga, extra aveia e mel – são luiz neston biscoitos de cereais c/ frutas – Nestlé.

ATENÇÃO:

Algumas massas frescas tem leite ou margarina na composição, portanto não devem ser consumidas;

Algumas sopas “prontas” contém leite, queijo ou margarina, portanto não devem ser consumidas;

Pratos prontos (exemplo: lasanha, Strogonoff, pizza, pastéis, etc) podem conter leite, queijo, margarina, creme-de-leite, portanto não devem ser consumidos;

Não comprar produtos que contenham leite, soro de leite, caseína, caseinato na composição.

Doces e bolos que contém doce-de-leite, leite condensado, chantily, chocolate ao leite, ricota, ou qualquer outro alimento que contenha leite não devem ser consumidos.

Leite de vaca x leite de cabra

Cowa

goat

A quantidade de gorduras e de proteínas do leite de cabra são semelhantes ao do leite de vaca, a diferença está na qualidade destes nutrientes.

O tamanho das partículas de gordura no leite caprino é menor, facilitando o processo de digestão. E mais: não possuem aglutinina substância presente no leite de vaca que une as partículas gordurosas, formando um coalho mais difícil de digerir.

A digestão e a absorção do leite de cabra é duas vezes mais rápida em comparação ao leite de vaca, por isso, é indicado para crianças e idosos desnutridos.

Na gordura do leite de cabra é encontrado duas vezes mais os ácidos capróico, caprílico e cáprico, que são indicados para os pacientes em tratamento da síndrome de má-absorção de alimentos e nos distúrbios intestinais.

Para completar o leite de cabra tem 20% menos colesterol quando comparado ao de vaca.

Outro benefício do leite de cabra é estimular a produção de insulina, o hormônio responsável pela entrada de açúcar dentro da célula, e para a produção de energia, graças a presença de substâncias bio-ativas, o IGF-1.

E as proteínas? A quantidade encontrada no leite de cabra e no de vaca é a mesma, mas existe uma grande diferença na composição delas. Por isso, na presença de alergia à proteína do leite de vaca, o de cabra é o mais indicado.

Composição média nutricional do leite de vaca e de cabra (100 ml).

Nutriente Leite de vaca Leite de cabra
Energia 63 calorias 65 calorias
Proteínas 3,2 g 3,4 g
Carboidratos 4,8 g 4,4 g
Gordura 3,5 g 3,8 g
Colesterol 14 mg 11 mg
Fósforo 93 mg 111 mg
Potássio 152 mg 204 mg
Magnésio 13 mg 14 mg
Cálcio 119 mg 134 mg
Ácido fólico 5 mcg 1 mcg

Leite de cabra é uma alternativa para alérgicos ao leite de vaca

Estima-se que 3% a 8% das crianças do mundo com menos de 3 anos são alérgicas às proteínas do leite de vaca . Já em relação ao leite de cabra esse valor aproxima-se de zero. Como alternativa ao leite de vaca é o uso de fórmulas à base de soja. Entretanto, de 25% a 50% dessas crianças também apresentam sintomas de intolerâncias às fórmulas.

Não confunda intolerância à lactose com alergia às proteínas do leite. A intolerância costuma melhorar com o passar do tempo, por causa do amadurecimento do sistema digestivo. Já a alergia, é causada por uma predisposição genética e tende a acompanhar a pessoa por toda a vida.

O leite de cabra tem sido um substituto satisfatório nos casos de crianças e adultos alérgicos às proteínas do leite de vaca, que são: caseína alfa-s1 e lactoalbumina .

A caseína do leite de cabra tem uma estrutura diferente, ele possui caseína-ß, caseína alfa-s2 e pouca quantidade de caseína alfa-s1. Isto explica a boa tolerância ao leite de cabra pelas pessoas que são sensíveis ao leite de vaca.

Diferenças entre o leite de vaca e de cabra

1. O leite de vaca possui coloração branca e opaca, ligeiramente mais viscoso que a água. É consumido no seu estado natural ou na forma de outros produtos lácteos como queijos, iogurtes e manteiga.

2.  Já o leite caprino é mais claro (porque a cabra converte 100% do beta-caroteno em vitamina A), tem odor um pouco mais forte e é bastante utilizado na fabricação de queijos.

O leite de cabra pode ser usado da mesma maneira que se usa o de vaca , inclusive na fabricação de derivados lácteos como iogurtes, queijos de forma, queijos finos, doce de leite, requeijão, sorvetes, bolos e cremes.

477 comentários

Pular para o formulário de comentário

    • FRIDA CORDEIRO em 16 de maio de 2012 às 22:28
    • Responder

    Dr. Paulo,

    Quando meu filho tinha 1ano e 2 meses, após crises diárias de bronquite e nariz constantemente escorrendo, foi pedido pela pediatra a retirada total de leite e derivados, até que completasse 2 anos. Durante todo este período substitui todos os produtos pela Soja, como indicado pela pediatra. As melhoras foram significativas, porém o nariz continuou escorrendo, nada foi feito a respeito.
    Ao completar 2 anos, seguindo a orientação da pediatra, reiniciei a inclusão do leite, com alimentos com traços de leite, seguido de derivados. A alergia apareceu novamente, agora com diarreia.
    Ao procurar outro pediatra, foi pedido um exame para detecção de alergias, onde o exame do leite foi positivo, porém foi positivo também para a soja, além de outras alergias.
    Meu filho pode ter adquirido a alergia a soja pela constante utilização durante o período em que retirei o leite e derivados? Estas alergias podem ser resultado de um parto prematuro, e inserção de alimentos em períodos equivocados? (nascimento com 35 semanas)
    O laudo do exame deu os seguintes resultados:
    IGE ESP.P/DERMATOPHAGOIDES PTERONYSSINUS: [ClasseII]2.78 kU/L
    IGE ESPEC. P/ DERMATOPHAGOIDES FARINAE: [ClasseII]1.50 kU/L
    IGE ESPECIFICA PARA LEITE DE VACA: [ClasseII]0.72 kU/L
    IGE ESPECIFICA PARA SOJA: [ClasseI]0.52 kU/L
    IGE ESPECIFICA PARA ALFA-LACTOALBUMINA: [ClasseI]0.37 kU/L
    IGE ESPECIFICA PARA BETA-LACTOGLOBULINA: [ClasseI]0.44 kU/L
    IGE ESPECIFICA PARA BANANA: [ClasseI]0.60 kU/L

    Não houve detecção para frutos do mar, clara de ovo, trigo, amendoim, tomate, laranja, morango, maça, gluten, cacau, pera, limão, grama das bermudas, pó caseiro, barata e mosquito.

    A IMUNOGLOBULINA E, ficou com sua dosagem de IgE em 210,12 Ui/mL

    Minha maior preocupação hoje é com relação ao que realmente substituir na alimentação, que não cause danos no que se refere ao desenvolvimento do meu filho.
    Foi percebido uma parada significativa no crescimento, e não sei se pode ser relacionado, mas ele tem dificuldades expressivas na fala. Salientando que está em berçário desde os 4 meses, em período integral, hoje está no maternal I, com 2 anos e 2 meses.
    Eu tive diversas alergias quando criança, principalmente a ácaros e produtos com cheiros muito fortes, como os de limpeza e perfumes, assim como Pó Doméstico, porém alimentício, apenas o tomate.
    A nova pediatra (troquei por ter mudado de estado, hoje moro no RJ, morava em SP) não soube me dizer exatamente se o que ele tem é alergia ou intolerância, me aconselhou a procurar um alergista (já marcado), e procurar saber sobre vacinas no caso dos ácaros. Gostaria de saber sua opinião sobre o relatado acima.
    Estou realmente preocupada. Ele não aceitou a formula indicada pela pediatra. Estou ministrando vitaminas, mas será suficiente?

    Obrigada, Abs, Frida

    1. Prezada Frida!

      Pela demora em lhe dar uma resposta às suas perguntas, resolvi compensá-la com um texto mais detalhado, que vai complementar a página dos Mecanismos das alergias alimentares!
      Aí vai a sua resposta:

      O ideal seria só tentar reintroduzir o leite de vaca e seus derivados após normalizarem todos os marcadores de alergia ao leite de vaca :RAST Leite de Vaca IgE (F2); RAST Leite de Vaca IgG; RAST Caseína IgE; RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76) e RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77), o que normalmente ocorre com a suspensão do leite de vaca e derivados por um período que varia de 6 meses a 2 anos ou mais. O uso de outros leites animais (cabra, ovelha, búfala, etc…) possuem um risco estimado de aproximadamente 60 a 80% de apresentar alergia cruzada e o uso de soja possui este risco de aproximadamente 50% de alergia cruzada.
      Em primeiro lugar, devia-se fazer todos os exames de sangue de todos os RAST múltiplos :

      fx1 (Amendoim, avelã, castanha-do-Pará, amêndoa e coco)
      fx2 (Peixe, camarão, mexilhão e atum)
      fx3 (Trigo, aveia, milho, gergelim e trigo negro)
      fx5 (Clara de ovo, leite de vaca, bacalhau, trigo, amendoim e soja)

      A partir disto, fazer os RASTs individualizados para os múltiplos que deram positivo (como você fez em alguns deles):

      f1 = Clara de ovo; f25 = Tomate; f77 = Betalactoglobulina; f2 = Leite de vaca; f26 = Carne de porco; f78 = Caseína; f3 = Bacalhau; f27 = Carne de vaca; f79 = Glúten; f4 = Trigo; f31 = Cenoura; f80 = Lagosta; f7 = Aveia; f33 = Laranja; f83 = Carne de galinha; f8 = Milho; f35 = Batata; f92 = Banana; f9 = Arroz; f37 = Coco; f93 = Chocolate (cacau); f12 = Ervilha; f44 = Morango; f202 = Castanha de caju; f13 = Amendoim; f47 = Alho; f207 = Marisco; f14 = Soja; f48 = Cebola; f208 = Limão; f17 = Avelã; f75 = Gema de ovo; f256 = Noz; f24 = Camarão; f76 = Alfa-lactoalbumina; rf287 = Feijão.

      Mesmo dando positivo para alguns exames se ainda tiver alguma dúvida, partir para a investigação das alergias tardias tipo IgG:

      http://www.alcat.com.br/
      http://www.food-detective.com.au/
      http://www.autismoinfantil.com.br/nossos-exames/exame-de-alergias-igg.html

      Por fim, a terceira alternativa é encontrar um médico ou nutricionista que faça o Vegatest e testar diretamente suas sensibilidades aos alimentos, o que não é possível fazer no caso dele, pela pouca idade.

      Com relação à substituição nutricional, o ideal é consultar um Nutricionista Funcional para auxiliar nesta adaptação ao caso dele.

      Quando você escreve: “Foi percebido uma parada significativa no crescimento, e não sei se pode ser relacionado, mas ele tem dificuldades expressivas na fala. Salientando que está em berçário desde os 4 meses, em período integral, hoje está no maternal I, com 2 anos e 2 meses”, eu tenho umas considerações a fazer:

      Estou estudando uma linha de terapia chamada Nova Medicina Germânica, do Dr. Ryke Hamer, e ele diz que a maioria das doenças das crianças atualmente é justamente causada pela ausência da mãe antes dos 2 anos de idade! Atualmente, por exigências de um mundo capitalista doentio (ver em http://drpaulomaciel.com.br/as-doencas/mulheres-fibromialgia-e-outras-doencas/), as mulheres geram seus filhos e depois os deixam em creches e maternais a partir dos 4 meses, quando têm que “voltar a trabalhar”. A licença-maternidade prevê um afastamento de no mínimo quatro meses ou 120 dias corridos — que vale para todas as mulheres — e de no máximo seis meses (180 dias), dependendo do tipo de ocupação que a futura mamãe tenha.
      E aqui esbarramos nas duas questões fundamentais para as alergias alimentares: a amamentação materna e a presença da mãe!

      A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda amamentação exclusiva, ou seja, quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos por quatro a seis meses e complementada até dois anos ou mais. Existem evidências de que não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses (salvo em alguns casos individuais), podendo, inclusive haver prejuízos à saúde da criança. Por isso, vários países já adotaram oficialmente a posição de que a amamentação exclusiva deve se estender até em torno dos seis meses, inclusive o Brasil.
      A prática da amamentação vem sofrendo diversas influências ao longo do tempo como: fatores socioeconômicos, culturais, inserção das mulheres no mercado de trabalho, estéticos e uso de medicamentos.
      O leite de vaca é a principal causa de alergias alimentares em crianças, do lactente até os quatro anos de idade, em diversos países com hábitos alimentares ocidentais. A substituição do leite materno pelo leite de vaca antes de completados os seis primeiros meses de vida aumenta a probabilidade de reações alérgicas nesta faixa etária.
      O leite humano é um alimento com características hipoalergênicas. É composto por fatores tróficos, anticorpos, propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladores que favorecem o desenvolvimento da função da barreira imunológica e não-imunológica da mucosa intestinal, protegendo o lactente contra alergias alimentares, como também aumentando sua tolerância.

      A alergia alimentar (AA) é uma reação adversa a proteína alimentar caracterizada por uma reatividade imunológica anormal em pacientes predispostos geneticamente. A resposta imunológica gera uma variedade de sintomas e manifestações clínicas expressas em diversos sistemas orgânicos, tais como a pele, o trato respiratório e gastrintestinal. A identificação e a eliminação da proteína alergênica da dieta devem levar a resolução dos sintomas. A prevalência da AA é maior nos primeiros anos de vida, afetando 6% das crianças abaixo de três anos de idade. Comumente a maioria das
      crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV) inicia as manifestações clínicas no primeiro ano de vida e desenvolvem tolerância em 80% dos casos aos cinco anos de vida.
      O lactente particularmente nos primeiros meses de vida é mais susceptível a absorção de macromoléculas e ao desenvolvimento de reações de hipersensibilidade devido à imaturidade gastrointestinal e do sistema imune.
      A ingestão do colostro favorece a maturação dos enterócitos, aumenta a capacidade absortiva e acelera o desenvolvimento da barreira de permeabilidade, e ação potencializadora na produção de enzimas presentes nas microvilosidades intestinais, dentre outras.

      A alergia alimentar é uma situação clínica que atinge principalmente as crianças nos primeiros anos de vida. Com frequência, as crianças desenvolvem alergia na mesma ordem a partir da qual os alimentos são introduzidos na dieta, e como, em geral, o leite de vaca é a primeira proteína estranha introduzida, a alergia à proteína do leite de vaca é a doença alérgica alimentar mais comum da infância. A redução na frequência e na duração do aleitamento natural impõe o uso cada vez mais precoce de fórmulas à base de leite de vaca, o que tem contribuído para o aumento progressivo da incidência deste tipo de alergia.

      A prevalência de alergia alimentar é maior nos primeiros anos de vida e diminui ao longo da primeira década de vida. Também é mais frequente nos indivíduos com doença atópica, mas existem muitos casos que não estão relacionados a atopia: aproximadamente 35% das crianças com dermatite atópica, de intensidade moderada e grave, têm alergia alimentar mediada por IgE e 6% a 8% das crianças asmáticas podem ter sibilância induzida por alimentos. A incidência nos três primeiros anos de idade é variável de 5% a 8%. Devido ao fato de muitas formas de alergia alimentar com manifestação gastrintestinal serem transitórias e à possibilidade de mudança da localização dos sintomas entre as reações de pele, respiratórias e gastrintestinais, os dados de prevalência em longo prazo são difíceis de obter.

      Quais são, então, os fatores predisponentes às alergias alimentares?
      1. Idade: Grande parte das reações alérgicas alimentares ocorre em crianças com menor idade. A alergia relacionada ao consumo do leite de vaca, por exemplo, afeta principalmente crianças com idade inferior a 3 anos, sendo o pico de incidência entre 6 e 18 meses de vida. Os possíveis mecanismos responsáveis pela maior ocorrência de reações alérgicas alimentares, nessa faixa etária, seriam: (1) imaturidade da mucosa intestinal; (2) deficiência de um tipo específico de anticorpo, o IgA, presente nas mucosas.
      2. Hereditariedade: De forma geral, a tendência ao desenvolvimento de alergia é uma característica herdada geneticamente, e a maioria dos pacientes alérgicos apresentam parentes de primeiro grau com os mesmos sintomas. Em estudos realizados com crianças, foi sugerido que a história familiar de alergia seria o fator mais fortemente associado ao desenvolvimento de manifestações alérgicas. Essa hereditariedade parece estar ligada a uma maior predisposição que esses indivíduos têm de produzir um tipo específico de anticorpo, associado às reações alérgicas, o IgE.
      3. Contato precoce com os antígenos: Antígenos são substâncias, ou partes delas, capazes de induzir uma resposta imune no nosso organismo, ou seja, a produção de anticorpos. Alguns tipos de alimentos, na presença de uma mucosa intestinal imatura, como nas crianças, apresentam maior potencial de causar alergia, pois seus antígenos são mais absorvidos pela mucosa. Vários estudos mostram que as crianças, que são amamentadas ao seio por mais tempo, têm menor chance de desenvolver alergia alimentar ao leite de vaca.
      4. Potencial alergênico dos alimentos: O potencial alergênico refere-se à capacidade que o alimento tem de induzir uma reação alérgica. De uma forma geral, os alérgenos vegetais apresentam perda do potencial alergênico após a cocção, ao contrário dos alérgenos de origem animal. Aproximadamente 80% das proteínas do leite são resistentes ao calor, mantendo seu potencial alergênico mesmo após a fervura. No entanto, o potencial alergênico das proteínas do leite pode ser reduzido com processos empregados na produção das fórmulas infantis. Assim, essas fórmulas apresentam menor potencial de induzir alergia, embora ainda mantenha um certo risco.
      5. Estado imunológico do indivíduo: As infecções e outras doenças que afetam o sistema imunológico podem aumentar a freqüência de sensibilização, pela perda da integridade da mucosa intestinal ou por alterações na resposta imunológica. Os pacientes que apresentam diarreia crônica possuem um risco maior de desenvolver alergia alimentar.
      6. Deficiência de IgA: Esse anticorpo, na forma presente nas mucosas, é o mais importante do trato gastrintestinal, pois tem papel essencial na redução da absorção das substâncias alergênicas. Os indivíduos com deficiência na produção desses anticorpos apresentam risco aumentado de reações alérgicas alimentares.

      Depois de todas estas considerações, vamos aprofundar um pouco os estudos do Dr. Hamer e a Nova Medicina Alemã:

      Compreendendo as Alergias

      Quando o verão bate à porta, chega com ele a “estação da alergia” para muita gente. Já me perguntei muitas vezes: “Por que algumas pessoas contraem febre do feno (rinite alérgica) e outras não? Quais fatores determinam se somos alérgicos a determinado pólen ou a outros agentes (pelos de animais, certos alimentos, metais, travesseiros de penas, mofo, ou fumaça de cigarro)?
      Ao longo das últimas décadas, a ciência médica tem proposto muitas teorias acerca do que causa uma reação alérgica. Uma das opiniões mais populares é que desenvolvemos alergia quando, estando enfraquecido o nosso sistema de defesas, o
      nosso organismo é exposto a alguma substância prejudicial. Mas, por que uma pessoa reage com coriza, outra com asma, e, uma terceira, com erupção cutânea?
      O Dr. Ryke Geerd Hamer, médico internista, pesquisador e criador da Nova Medicina Alemã (GNM), explica o inteiro processo alérgico como uma interação biológica entre a psique, o cérebro e o órgão correspondente. Em 1981, o Dr. Hamer descobriu que todas as doenças [biolótgicas] começam com uma experiência de choque que nos pega desprevenidos. Ele chamou esse conflito inesperado de Síndrome de Dirk Hamer (DHS) em homenagem ao seu filho Dirk, cuja morte trágica provocou um câncer no próprio Dr. Hamer. Tal evento inesperado não precisa necessariamente ser espetacular. Ele pode ser acionado por uma raiva inesperada ou quando alguém nos dirige uma observação ofensiva.
      O Dr. Hamer descobriu que, no momento em que vivenciamos uma DHS, o choque conflituoso afeta uma área específica do cérebro, causando aí uma lesão que pode ser claramente identificada numa tomografia cerebral como um conjunto de anéis concêntricos nítidos [Os atuais tomógrafos não apresentam mais este sinal devido a avanços tecnológicos]. A resposta no órgão é determinada pela parte exata do cérebro que recebeu o choque conflituoso.
      Segundo a Nova Medicina Alemã, todas as chamadas “doenças” têm duas fases.
      Durante a primeira, a fase de conflito ativo, sentimo-nos mentalmente estressados, temos extremidades frias, pouco apetite e problemas de sono. Se resolvemos o conflito, entramos na fase de resolução ou de cura, período em que a psique, o cérebro e o órgão correspondente passam pela fase de recuperação, um processo geralmente difícil de fadiga, febre, inflamações, infecções e dores. São sintomas comuns tanto ao resfriado simples quanto a certas reações alérgicas, a
      congestão nasal, a coriza e os espirros. A membrana mucosa nasal é controlada por um relé cerebral no lobo frontal do cérebro novo. Analisando milhares de tomografias, o Dr. Hamer compreendeu que é exatamente essa área do cérebro que é afetada quando vivenciamos um conflito do tipo “Isto cheira mal!”, como ele gosta de chamá-lo.
      Suas descobertas confirmam que um conflito de “mau cheiro” pode ser vivenciado em termos reais, por meio de um mau cheiro repentino, ou figurativamente. No instante em que ocorre o conflito, a mucosa nasal começa a ulcerar, processo que geralmente passa despercebido. O que chama a atenção, entretanto, são os sinais típicos da fase de conflito ativo (tremores, perda de apetite e certa inquietação). Mas, tão logo resolvamos o conflito, geralmente saindo do ambiente ou da situação que “cheira mal”, a ulceração da membrana mucosa nasal é restaurada. A restauração dos tecidos perdidos causa congestão nasal e, geralmente, dores de cabeça (devidas ao edema
      cerebral na área afetada do cérebro, que também está em processo de cura). Os espirros e a coriza são, portanto, sinais de que o organismo está finalmente livrandose do resíduo do processo de restauração e, figurativamente, daquilo que causou o “mau cheiro”.
      Quando vivenciamos um choque conflituoso inesperado, nossa mente fica numa situação de atenção máxima. Alerta ao extremo, nosso subconsciente recolhe todos os componentes que acompanham o conflito, tais como odores, gostos, sons, objetos ou pessoas, e os armazena até que o conflito seja completamente resolvido. Na Nova Medicina Alemã (GNM), as marcas que permanecem como consequência da Síndrome de Dirk Hamer (DHS) são denominadas “trilhos”. Esses trilhos são da maior importância, pois, se a pessoa já estiver na fase de cura e, subitamente, recair num desses trilhos (por associação ou contato direto), todo o conflito se repete e o
      Programa Especial com Significado Biológico (SBS), com todos os sintomas próprios de determinado conflito, recomeça desde o princípio. Em termos biológicos, isso é
      uma reação alérgica. Portanto, o que se costuma chamar de alergia é, de fato, já a fase de cura após uma recaída no conflito. O propósito biológico da alergia é servir de sistema de alerta que diz: “Numa situação assim, você teve uma DHS. Cuidado!”
      Se alguém é alérgico a determinado alimento, como amendoim, ovos, morangos ou chocolate, muito provavelmente esse alimento estava sendo consumido no momento do choque conflituoso. É preciso esclarecer que, quando evitamos comer uma
      substância irritante, não é porque a evitamos que a alergia não se manifesta, mas sim porque evitamos recair no trilho! Se alguém reage a determinado pólen tendo coriza, podemos concluir que o pólen em questão esteve presente quando ocorreu um conflito do tipo “Isto cheira mal!” Enquanto o conflito não for resolvido completamente, o tal pólen servirá de trilho, fazendo a “alergia sazonal” recorrer ano após ano.
      É preciso levar em conta esses trilhos quando estivermos lidando com desordens “crônicas”, tais como artrite, angina de peito, asma, hemorroidas ou infecções recorrentes. Segundo a Nova Medicina Alemã, o termo “crônico” significa que
      recaímos no mesmo conflito repetidas vezes. Para interrompermos o ciclo de reincidências contínuas e podermos concluir a fase de cura de uma vez por todas, precisamos identificar o(s) trilho(s) que foram lançados simultaneamente com o
      choque conflituoso original. As indicações da causa da alergia encontram-se geralmente escondidas no “contexto” da reação alérgica. Todas as circunstâncias, tais como hora do dia, lugar e sintomas específicos devem ser investigados
      cuidadosamente. Por exemplo, se alguém sofre de enxaqueca só em fins-de-semana, muito provavelmente encontraremos a fonte no local de trabalho. Nada se nota durante a semana, mas, nos dias de folga, longe do “culpado”, o organismo aproveita a chance de curar-se. Ao incorporarmos a Nova Medicina Alemã à nossa vida diária, aprendemos com crescente gratidão a linguagem na qual a Mãe Natura fala conosco. *

      Outro estudo maravilhoso que fecha com chave de ouro estas teorias, foi conduzida por Harry F. Harlow (1905-1981):

      Harry foi um psicólogo norte-americano que ficou conhecido pelas suas experiências sobre a privação maternal e social em macacos Rhesus, e que demonstraram a importância dos cuidados, do conforto e do amor nas primeiras etapas do desenvolvimento. As suas experiências laboratoriais consistiram na criação de duas “mães” artificiais (imitação de uma macacos Rhesus), uma era feita apenas com armação de arame enquanto a outra, era também de armação de arame, porém, forrada com pano felpudo e macio. Harlow observou que os macacos bebés preferiam claramente as “mães” mais confortáveis. Esta preferência mantinha-se independentemente de qual a mãe que fornecia o alimento. Outras observações mostraram que o que estava em causa não era só a procura de conforto.
      O contato parecia ser essencial ao estabelecimento de uma relação que transmitia segurança. Perante um estímulo gerador de medo, os macacos agarravam-se à “mãe” macia tal como o fariam a uma mãe real. Este comportamento nunca era observado com as “mães” de arame, mesmo em macacos criados só com ela.
      Além disso, perante uma situação com muitos estímulos novos e na presença da “mãe” confortável, as reações de medo e de se agarrar, rapidamente davam lugar à exploração curiosa dos objetos, com regressos periódicos à “mãe” para recuperar a segurança.
      Pelo contrário, na ausência da “mãe” confortável, os macacos ficavam paralisados pelo medo e não exploravam o ambiente. Isto acontecia também na presença da “mãe” de arame, mesmo em macacos criados sempre na sua presença. Ou seja, uma “mãe” desconfortável é incapaz de transmitir segurança. O resultado desta e de outras experiências, permitiram Harlow concluir que a variável contato reconfortante suplementava a variável amamentação.
      Harlow observou ainda que os macacos Rhesus com mães reais, demonstravam comportamentos social e sexual mais adiantados do que os criados com mães substitutas de pano, e que estes últimos apresentavam comportamentos sociais e sexuais normais se diariamente tivessem oportunidade de brincar no ambiente estimulador dos outros filhotes.**

      Se até os macacos ficavam paralisados pelo medo na ausência da mãe confortável, imagine o que deve acontecer com um bebê de 4 meses ou menos que, de repente, é deixado numa creche ou maternal com dezenas de outras crianças chorando, gritando e invadindo o seu espaço e sendo cuidado e nutrido por pessoas desconhecidas, longe do seu “ninho” de aconchego e segurança!? Como diria o Baby da Família Dinossauro: “Não é mamãe! Não é mamãe!”

      Unindo, agora, todas as causas possíveis da origem das alergias alimentares, podemos concluir que:

      1. As mães estão desmamando seus filhos muito cedo em termos biológicos, por vários motivos: têm que voltar a trabalhar, não tem tempo para isso, dá muito trabalho, tem pouco leite, deforma as mamas, etc.
      2. A mucosa do bebê ainda não está pronta para absorver alimentos diferentes do leite materno e passa a considera-los como “corpo estranho”, gerando mecanismos imunológicos para ataca-los.
      3. O propósito biológico da alergia nos bebês de colo é servir de sistema de alerta que diz: “Numa situação assim, você teve uma DHS. Cuidado!” Qual foi a situação? O afastamento físico da mãe e a interrupção do aleitamento materno (que traz contato pele com pele, olhos nos olhos, a voz da mãe, o contato da boca com o seio, o carinho e o toque da mãe, etc.), dando no seu lugar uma mamadeira com leite de vaca ou de soja!

      Abs.

      Fontes pesquisadas para os textos de alergias:
      [http://www.asbai.org.br/revistas/Vol253/trato.htm]
      [http://www.boasaude.com/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=5262&ReturnCatID=1803]
      [http://www.dominioprovisorio.net.br/pesquisa/revista/2009Vol20_4art9alergiaalimentar.pdf]
      *Compreendendo as Alergias, por Caroline Markolin, Ph.D. [http://learninggnm.com/documents/Allergies%20Portuguese.pdf]
      ** Harlow e os macacos Rhesus [http://psicologiaexperimental.blogs.sapo.pt/1627.html]

  1. Boa tarde!
    Doutor, meu filho tem 5 meses e foi detectado que ele tem alergia a leite de vaca. Foi receitado Aptamil Pepti, mas meu bebe nao tomou, por enquanto ele só está no peito, mas retorno ao trabalho semana que vem.Estou receosa por nao conseguir retirar leite suficiente para ele tomar na minha ausência.
    Outra coisa que me preocupou foi a resposta da medica, falando que é grave. O senhor pode avaliar, o resultado foi:
    DOSAGEM DE IgE…… 53,55 UI/mL
    IGE ESPECIFICA PARA ALFA LACTOALBUMINA: Classse II 1,99 kU/L
    A medica completou dizendo que era para dar leite de soja, já que ele nao toma Aptamil e que leite de cabra é a mesma coisa que leite de vaca.
    O que faço?.. estou preocupada.
    Obrigada!

    1. Ana: a IgE total dos até os 11 meses deve ser até 8,6 kU/L, o que indica que ele tem algum tipo de alergia tipo I, mas não é do leite de vaca, já que você até aquela época o alimentava apenas com leite materno.

      Quanto à IgE especifica para alfa lactoalbumina (1,99 KU/L), é mesmo de classse II (0,70 a 3,50 KU/L) mas não é “grave”, é apenas “moderada”.

      O ideal seria fazer todos os RAST do leite de vaca: RAST Leite de Vaca IgE; RAST Leite de Vaca IgG; RAST Caseína IgE; RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76) e RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77).

      Sou contra o uso do leite de soja pelas razões explicadas nesta minha página: http://drpaulomaciel.com.br/perigo-soja-a-vista/.

      Quanto ao leite de cabra, pode-se fazer o RAST para leite de cabra, o F300.

      Abs.

    • Fernanda Rezende em 18 de maio de 2012 às 19:51
    • Responder

    Boa Noite Dr. Paulo,meu filho de 4 anos sempre tem quadros alérgicos tanto respiratório como cutâneo.O otorrino dele solicitou um exame de sangue IGE MÚLTIPLO P/ ALIMENTOS INFANTIS(FX5)(clara de ovo,Leite, Trigo,Amendoim e soja) e o resultado foi de 0,85KU/L,e ao exame de pesquisa de refluxo foi constatado refluxo moderado, neste caso existiria um exame específico para cada alimento? é necessário a ajuda de uma nutricionista?. Já substitui o leite de vaca para o leite de cabra, mais como trata-se de uma criança em idade escolar fico em dúvida o que ele pode ou não comer no lanche da escola.
    Grata,
    Fernanda Rezende.
    Feira de Santana-Ba.

    1. Fernanda:

      Como o otorrino pediu apenas o RAST IGE Multiplo FX5 (clara de ovo, leite, peixe, trigo, amendoim e soja) e deu 0,85 KU/L, isto indica que ele tem alergia tipo 1 da Classe 2, de resposta “moderada” a um ou mais daqueles alimentos do RAST.

      O ideal a partir disto é fazer os RASTs individualizados: F1 (clara de ovo), F26 (leite de vaca), F4 (trigo), F13 (amendoim) e F14 (soja). Para o leite de vaca: RAST Leite de Vaca IgE. RAST Leite de Vaca IgG. RAST Caseína IgE. RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76). RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77). Existe ainda o RAST para leite de cabra, o F300.

      Se confirmar uma ou mais destas alergias, procure um nutricionista funcional para lhe auxiliar, ok?

      Abs.

    • Andreza em 21 de maio de 2012 às 16:45
    • Responder

    Dr. Paulo, é possível tratar a alergia ao leite com algum medicamento? Como por exemplo o Alegra.. Tenho percebido que alguns pediatras alergistas costumam utilizar utros não.

    1. Andreza:

      O Allegra (cloridrato de fexofenadina), assim como qualquer outro anti-histamínico ou mesmo corticóides aliviam os sintomas das alergias, quer sejam alimentares, respiratórias ou de pele, mas não curam.
      Portanto, estes medicamentos não devem ser considerados “tratamentos”, mas apenas paliativos, ok?
      O melhor a fazer é evitar completamente o leite e derivados por alguns anos até que a criança se dessensibilize em relação ao leite de vaca.
      Existem outras alternativas como as vacinas dessensibilizantes, os lisados, a Imunoterapia Ativada, etc.
      Abs

    • Marcia Almeida em 24 de maio de 2012 às 14:26
    • Responder

    Boa tarde, Dr.

    Meu filho tem 2 anos e 3 meses, o levei para realizar o exame Rast IGe F2 para leite de vaca e o resultado, ficou em 1,7. Ele ainda faz uso do leite em pó Ninho, contudo, o pediatra nesta semana solicitou que eu troque o leite dele pelo de soja. Gostaria de saber se poderei dar a ele outros produtos que utilizam leite, como, bolos, bolachas, biscoitos entre outros, que ele já tem costume de consumir?

    Atenciosamente.

    1. Márcia:
      O exame da IgE que ele fez foi a geral para leite de vaca, e deu positivo para classse II (0,70 a 3,50 KU/L), considerada “moderada”.
      O ideal é fazer todos os RAST do leite de vaca: RAST Leite de Vaca IgE (F2); RAST Leite de Vaca IgG; RAST Caseína IgE; RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76) e RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77) e retirar o leite e seus subprodutos da dieta dele.
      A maioria das crianças deixa de ser alérgicas ao leite: cerca de 60 % aos quatro anos e cerca de 80% aos seis anos. Alguns pacientes podem ter as reações alérgicas por toda a vida. Se o leite for excluído da dieta por dois a três anos, a criança então tem cerca de 80 % de chances de tolerar leite em pequenas quantidades.
      Em um estudo realizado no Canadá, em 97 crianças alérgicas às proteínas do leite (média de 18 meses de vida), reavaliados aos 5 anos, 72 % eram alérgicos aos dois anos, 46 % aos quatro anos, e 22 % aos seis anos. Somente 24% das crianças eram alérgicas somente às proteínas do leite. Os outros alimentos envolvidos na alergia foram ovo (58 % do total), soja (47%) e amendoim (34%).
      As crianças que ficam alérgicas após os três anos de vida têm a tendência de se manter alérgicas por mais tempo. Estudos tem sugerido que, aproximadamente, um terço das crianças e adultos perdem a condição de alérgicos após evitarem os produtos de laticínios que causam a alergia por dois ou três anos. Entretanto, os pacientes com hipersensitividade a amendoim, nozes, peixes e crustáceos raramente perdem sua condição de alérgicos. Além disso, estes quatro alimentos é que causam a maioria das reações alérgicas que podem causar a morte por choque anafilático.
      O tempo necessário para a alergia desaparecer depende da severidade da reação inicial. As crianças que apresentaram sintomas de reações sistêmicas geralmente deixam de ser alérgicas depois daquelas que apresentavam sintomas de urticária em volta da boca.
      Sou contra o uso do leite de soja pelas razões explicadas nesta minha página: http://drpaulomaciel.com.br/perigo-soja-a-vista/.
      Abs.

  2. ola dr,meu filho ta com uma gripe que nao passa,tosse bastante dificuldades para respirar,nariz escorrendo e eu percebi que as crises de tosse vem sempre que ele mama,ele toma leite de saquinho isso pode ser uma alergia,e o que devo fazeer???

    1. Danúbia:

      Pode, mesmo, ser alergia ao leite de vaca.
      O que você deve fazer é consultar um especialista em alergia para fazer as pesquisas, ok?
      Abs.

    • Cláudia em 25 de maio de 2012 às 10:32
    • Responder

    Bom dia!
    Dr. Paulo, minha filha tem 6 meses e desde o início de maio está tomando NAN, pois está na creche. Mama no peito manhã e noite.
    Desde então vem apresentando crises respiratórias, tosse, eventuais febres. Está sendo medicada. Mas como saber se é apenas gripe/resfriado ou se pode ser alergia ao NAN?

    1. Cláudia, só dá para saber fazendo os exames de sangue: RAST Leite de Vaca IgE (F2); RAST Leite de Vaca IgG; RAST Caseína IgE; RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76) e RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77).
      Abs.

    • Veronica em 28 de maio de 2012 às 19:31
    • Responder

    Ola,dr descobri que meu filho tem alergia a lactose aos 6 meses de idade,hj ele tem 2 anos e 5 meses ja fiz 3 exames (especifico para leite e os 3 deram o mesmo resultado de 0,10 Klu) mas é evidente a realção ao consumir derivados do leite,logo assim q descobiri ele ficava com umas bolinhas vermelhas pelo corpo todo tipo brotueja,diarrea e mt gases,porem dps de de quase 2 anos sem consumir nada com leite,o deixei comer uns docinhos numa festa e vi q estava tudo bem ai fiquei durante 2 meses dando derivados pra ele e ficou tudo bem só q agora ele ta ficando de novo com as bolinhas,mas as fezes estao normal mas estou bem confusa…ah e dei os derivados com orientação da gastropediatra,vi o seu blog falando sobre a soja e estou bem preocupada pois ja esta quase 2 anos consumindo soja e sem falar q o gosto nao é nada agradavel…estou com receio de dar o leite de cabra uma vez q tentei e nao deu certo.

    1. Veronica:

      Respondi hoje a sua questão anterior, e sugiro que investigue melhor o quadro do seu filho, ok?
      Se ele não tem alergia ao leite de vaca, como escrevei anteriormente, provavelmente ele também não tem alergia ao leite de cabra.
      Abs.

  3. Dr ,meu filho tem alergia a proteina leite de vaca.Substitui o leite dele por ades original.Mas li em alguns lugares que não é mto bom dar leite de soja,gostaria de saber o pq.Ele toma somente 1 ou 2 mamadeiras por dia,tem algum problema.Tenho duvidas,se é melhor continuar com o leite ades,ou tentar um leite de cabra,o que o Sr acha melhor?

    1. Ana,
      Leia as razões para evitar o leite de soja nesta minha página: http://drpaulomaciel.com.br/perigo-soja-a-vista/.
      Eu acho sempre melhor o leite de cabra.
      Abs.

    • Luciana Vilanova em 30 de maio de 2012 às 15:22
    • Responder

    Dr. gostaria de tirar uma dúvida com o Senhor, meu filho de 1 ano e 1 mês, fez vários exames recentemente para identificar uma possível alergia, na guia dos exames, a médica alergista solicitou IGE específico para leite, e IGE RAST (F2) Alimentos -Leite, são dois exames distintos? Porque no laboratório que eu fiz, só me deram o resultado do IGE RAST (F2). Fiquei na dúvida.
    Quanto aos resultados só deu alterado IGE RAST (F2) 0.60KU/L e IGE RAST (F76) Alimentos Alfa Lactoalbumina 0.88KU/L, os demais para gluten, ovo, trigo, soja, Caseina, deram abaixo de 0.35KU/L.
    No seu parecer, terei de eliminar o leite de vaca, da dieta de meu filho? ele é um possível alérgico a proteína do leite?
    Quanto ao IGE Total, fiquei intrigada, com uma coisa, os valores de referência para idade dele é de 1 a 5 anos, menor de 60,0 UI/ml, e o dele deu 70.4 UI/ml. O que o senhor me diz dessa alteração de valores?
    Quanto ao exame de intolerância a lactose, ela prefere não fazer nessa fase, pois diz que a criança pode passar mal…eu já fiz adulta, e passei mal mesmo, fiquei com muitas gases e tive diarréia, assim que sai do laboratório. Estamos por tentativa, dando Nan s/ Lactose a ele por enquanto, pois ele ficava com umas assaduras horríveis, e constantes, e de vez em quando diarréias.
    Se pude me ajudar, agradeço, a consulta ainda será dia 15/07/12.
    Obrigada!

    Luciana Vilanova
    Aracaju/SE

    1. Luciana:
      A IgE total para crianças de 1 a 3 anos é até 24,0 kU/L; portanto, ele tem algum tipo de alergia do tipo 1, por IgE, que tanto pode ser alimentar quanto respiratória ou de pele.
      Os exames pedidos (IGE específico para leite, e IGE RAST (F2) Alimentos -Leite) são o mesmo exame, o geral para leite de vaca. Se o RAST F2 deu 0,60, ele tem alergia geral ao leite de vaca da CLASSE 1: 0,35 A 0,70 KU/L (resposta baixa) e CLASSE 2: 0,70 A 3,50 KU/L (resposta moderada) para a proteína Alfa Lactoalbumina (F 76 = 0,88). O ideal a partir daí é fazer os outros RAST do leite de vaca: RAST Leite de Vaca IgG e RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77) e retirar o leite e seus subprodutos da dieta dele, porque ele é, sim, alérgico ao leite de vaca.
      A alergia ao leite de vaca é uma doença diferente da intolerância à lactose, mas como ele tem a alergia comprovada, nem precisa fazer o da intolerância á lactose. A melhor atitude a fazer é retirar o leite de vaca e todos os seus derivados por alguns anos, porque com a retirada, a maioria das crianças deixa de ser alérgicas ao leite: cerca de 60 % aos quatro anos e cerca de 80% aos seis anos. Alguns pacientes podem ter as reações alérgicas por toda a vida. Se o leite for excluído da dieta por dois a três anos, a criança então tem cerca de 80 % de chances de tolerar leite em pequenas quantidades.
      Em um estudo realizado no Canadá, em 97 crianças alérgicas às proteínas do leite (média de 18 meses de vida), reavaliados aos 5 anos, 72 % eram alérgicos aos dois anos, 46 % aos quatro anos, e 22 % aos seis anos. Somente 24% das crianças eram alérgicas somente às proteínas do leite. Os outros alimentos envolvidos na alergia foram ovo (58 % do total), soja (47%) e amendoim (34%).
      As crianças que ficam alérgicas após os três anos de vida têm a tendência de se manter alérgicas por mais tempo. Estudos tem sugerido que, aproximadamente, um terço das crianças e adultos perdem a condição de alérgicos após evitarem os produtos de laticínios que causam a alergia por dois ou três anos. Entretanto, os pacientes com hipersensitividade a amendoim, nozes, peixes e crustáceos raramente perdem sua condição de alérgicos. Além disso, estes quatro alimentos é que causam a maioria das reações alérgicas que podem causar a morte por choque anafilático.
      O tempo necessário para a alergia desaparecer depende da severidade da reação inicial. As crianças que apresentaram sintomas de reações sistêmicas geralmente deixam de ser alérgicas depois daquelas que apresentavam sintomas de urticária em volta da boca.
      Abs

    • Felisa Guisard Leal em 31 de maio de 2012 às 12:52
    • Responder

    Meu filho de 18 meses fez exame de IgE Rast para Leite de vaca e deu 0.15..No exame tem como referência abaixo de 0.10 é indetectável. Ele tem alguma sensibilidade ao leite então?

    1. Felisa:
      Os valores menores que 0,35 KU/L no exame do RAST dão considerados de Classe zero, negativos.
      Portanto, ele não tem alergia ao leite de vaca do tipo 1, por IgE.
      Abs.

    • Raphael em 2 de junho de 2012 às 14:13
    • Responder

    Olá Doutor, Boa tarde.

    Fiz o teste de intolerância a lactose (por exame de sangue) E a maior diferença da curva foi de 23.. Foram colhidas tres amostras. A basal deu 89mg, a de 30 min deu 112mg e a de 1 hora deu 96 mg… Sou intolerante a lactose?

    1. Raphael: A mal-absorção da lactose é confirmada com um aumento da glicemia menor que 20 mg %.
      O seu exame deu a maior diferença igual a 23, portanto, você não tem intolerância à lactose.
      Abs

    • fabiane em 4 de junho de 2012 às 11:02
    • Responder

    Dr. meu filho tem 1 ano e 5 meses e toda vez que eu dou algo derivado do leite ele fica com diarréia pode ser intolerância a lactose??????posso dar que tipo de leite a ele?????

    1. Fabiane:
      Pode ser intolerância e pode ser alergia.
      Só um exame clínico e laboratorial pode definir isto, ok?
      Procure um bom pediatra para lhe orientar.
      Abs

    • Carina em 4 de junho de 2012 às 11:22
    • Responder

    Dra Paulo, minha filha tem 2 anos e meio e há um ano foi diagnosticada com APLV tardia, estamos numa dieta desde então, eu gostaria de saber se a alergia pode aumentar ao invés de diminuir, pois esses dias ela ingerio apenas traços de leite e os sintomas foram muitos severos… obrigada Carina

    1. Carina:
      Quando uma pessoa fica um tempo sem entrar em contato com um alimento alérgico e depois o consome, os sintomas costumam ser muito mais intensos do que quanto estava comendo o alimento regularmente.
      Isto acontece pq o corpo se desadapta da resposta alérgica e os sintomas se tornam mais perceptíveis.
      Se a pessoa para de usar o alimento a alergia tende a diminuir, o que no caso do leite são 3, 5, 8 anos, ou mais.
      Abs.

    • fabiane em 4 de junho de 2012 às 11:31
    • Responder

    Dr. meu filho tem muita prisão de ventre de dois meses pra cá quando ele evacua sai um pouco de sangue nas fezes e quando eu dou algum derivado do leite ele fica com diarreia pode ser intolerância a lactose???????

    1. Fabiane:

      Pode ser tanto intolerância à lactose quanto alergia à proteína do leite de vaca (tanto por IgE quanto por IgG).
      Só com exames o quadro pode ser definido e orientado.
      Procure um bom pediatra para lhe orientar, ok?

      Abs

    • Franciele em 4 de junho de 2012 às 21:51
    • Responder

    Olá,
    Fui diagnosticada com alergia ao Leite de Vaca, mas estou com muitas dúvidas em relação ao diagnóstico. Tenho rinite, que me leva a ter sinusite e faringite, em média 4 vezes por ano. Adoro leite, tenho o intestino um pouco preso, e algumas vezes o leite solta um pouco, mas não é diarréia. As vezes quando tomo leite, meu estomago fica meio nauseado. Será que tenho alergia a leite mesmo??? terei que tirar o leite do cardápio mesmo???

    1. Franciele:

      Quando você escreve que foi “diagnosticada com alergia ao leite de vaca”, como foi este diagnóstico? Exame laboratorial? Qual?
      Lembre-se que o leite de vaca pode causar intolerância à lactose e alergia do tipo IgE e do tipo IgG.
      A resposta à sua pergunta depende destes fatores.

      Abs.

    • karina em 5 de junho de 2012 às 11:24
    • Responder

    Bom dia Dr, tenho uma bebe de 3 meses q usa formula estou dando neocate pois ela apresentou sintomas da alergia ao leite como colicas muito fortes por mais tres horas ao dia , diarreias, nariz escorrendo, desconforto abdominal , entramos com o leite de soja e apos uma semana e meia do uso ela na epoca com dois meses apresentou diarreia e colica forte, entrei com pregomim pepti e a levei numa alegista q solicitou o exame elementos anormais nas fezes e o alfa antitripsina fecal o resultado foi 0,241 porem fico na duvida do exame pois ela ja estava a quase tres semanas sem o leite de vaca isto interfere neste exame?
    tem algum outro exame q posso fazer?
    a medica orientou a continuar com o leite neocate pois ela apresentou melhoras significativas com apenas 5 dias de uso mas ela nao gosta do leite e toma pouco tenho q ofertar varias vezes a ela.

    grata

    1. Karina:

      O exame de Alfa-1-antitripsina fecal não é um exame ideal para identificar alergia alimentar, sendo mais utilizada como marcador endógeno da perda protéica pelo tubo digestivo. Níveis elevados são encontrados nas enteropatias perdedoras de proteínas: enterite regional, doença de Whipple, carcinoma gástrico, gastroenteropatia alérgica, linfagectasia intestinal, intolerância ao leite de vaca e na hipogamaglobulinemia congênita.
      O correto é fazer os exames específicos para o leite de vaca: RAST Leite de Vaca IgE. RAST Leite de Vaca IgG. RAST Caseína IgE. RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76). RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77).
      As crianças não deveriam usar leite de vaca antes de 1 ano, pelo menos… mas isto está longe da nossa atual realidade.
      Se ela está se sentindo bem com o Neocate, continue com ele. Se ela não está aceitando, experimente outros leites hipoalergênicos: Leite Althera Nestle Health Science Fórmula Infantil Hipoalergênica; Alfare (Nestlé); Pregestimil (Mead Johnson); Nutramigen (Mead Johnson); Pregomin e Nan H.A. PO (Proteínas Parcialmente Hidrolisadas), Nutriben Hidrolisado, Alergomed, etc.

      Abs

    • Luis Alberto em 5 de junho de 2012 às 17:34
    • Responder

    Dr. Paulo, minha filha tem 8 anos e depois da amamentação materna passamos a dar leite de vaca pra ela. Ele tinha crises de tosse seguidas e vômitos. A levamos em um médico homeopata, aos 2 anos, que pediu para substituir o leite de vaca por soja. O resultado foi muito satisfatório, mais até hoje, se ela ingere algum derivado de leite (doces, sorvetes, iogurtes e etc), ela apresenta o mesmo quadro, tosse muito aguda, chegando a vomitar algumas vezes, a tosse é como se fosse uma asma. Nunca fizemos nenhum teste alérgico nela, então peço ao Sr., para que me diga quais testes fazer, pois a pediatra dela só receitava corticoides e eu tenho muito receio em ficar tratando com este tipo de medicamento. Desde de já agradeço sua atenção. Luis.

    1. Luis:

      Peça os seguintes exames para ela: RAST Leite de Vaca IgE. RAST Leite de Vaca IgG. RAST Caseína IgE. RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76). RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77).
      Eu não recomendo o leite de soja por inúmeras razões que você pode ler no meu site: http://drpaulomaciel.com.br/perigo-soja-a-vista/.

      Abs

    • Valeria Lima em 11 de junho de 2012 às 14:31
    • Responder

    Dr Paulo, meu bebe hoje esta com 03 meses e desde quando comecei a introduzir LA ele não anda bem..descobrimos com exame que ele tem refluxo e esvaziamento gastrico lento, a médica passou alguns medicamentos mas não anda resolvendo…ele esta tendo gases e soltando pum o dia todo que não consegue nem dormir, ele se contorce d+ e agora não sei se pelo fato de ter começado a engrossar o leite com mucilon/farinha de aveia ele ficou desse jeito…ontem ele fez alguns testes de alergia, agora vamos esperar pr ver…

    1. Valéria:

      O que deu nos exames que vocês fizeram?

    • Fabiana silva em 11 de junho de 2012 às 16:34
    • Responder

    Dr,

    Quero saber se as alergias alimentares podem causar fezes amareladas ( no inicio pastosas, mas agora ja de consistencia perto do normal, mas ainda amareladas ) e por qto tempo?
    Meu filhp tem se alimentado basicamente de banana, batata, maça,crackers…isso tb está contribuindo para as fezes ainda nao terem restabelecido a cor normal?
    Desde ja agradeço!
    Fabiana

    1. Fabiana:

      As alergias alimentares não mudam a cor das fezes, apenas a sua consistência (pastosa até diarréica).
      Além disso as alergias podem produzir muitos gases e também prender o intestino em alguns casos.
      Só uma análise clínica dele pode trazer uma luz às suas dúvidas, ok?

      Abs.

    • Eveline em 11 de junho de 2012 às 18:04
    • Responder

    Dr., Meu filho tem 8 meses e meio e a pediatra pediu exames de alergia ao leite de vaca pois ele está com dermatite. O resultado do Ige especifico para leite de vaca deu negativo, ou seja, baixo para a idade dele, mas o IGe Total deu alterado 23ku/l. Oque isso quer dizer? A pediatra disse que ele tem alergia a leite mas estou achando estranho o específico ter dado baixo.
    Ele nunca teve problemas como diarréia, tosse, vômitos, perda de peso…Ele ainda mama no peito e a médica me disse para tirar tudo que tenha leite e derivados da minha dieta.
    Estou cheia de dúvidas e meu filho só tem consulta no mês que vem por isso estou escrevendo.

    Obrigada

    1. Eveline:

      Somente 4% das alergias alimentares têm causa na alergia tipo I, por IgE e mais de 80% delas são causadas pela IgG, raramente medida no Brasil.
      O ideal seria fazer todos os RAST do leite de vaca: RAST Leite de Vaca IgE (F2); RAST Leite de Vaca IgG; RAST Caseína IgE; RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76) e RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77) e se derem todos negativos, investigar a IgG. Mas se ele só se alimenta de leite materno, retire o leite de derivados da sua dieta por 4 dias e veja o que acontece com ele.
      A IgE total vai medir todos os tipos de alergia do tipo I, sendo que o mais comum são as alergias respiratórias: por isso vale a pena fazer os RASTS múltiplos (p.ex. HX2 Rast Poeira Doméstica e Ácaros) e depois os específicos (por ex., para o HX2: H2 = Poeira Hollister-Stier Laboratories; D1 = Ácaro = Dermatophagoides pteronyssinus; D2 = Ácaro = Dermatophagoides farinae; I6 = Barata = Blatella germânica.).

      Abs

    • Ana Luisa em 15 de junho de 2012 às 9:10
    • Responder

    Dr. Paulo, Bom Dia!

    Estou com um adúvida muito grande, meu filho fez os exames IgE Rast F4 – Trigo , IgE Rast F76 – Alfa Lactoalbumina e IgE Rast – Beta Lactoglobulina,

    Os resultados deram para o Rast Trigo: 0,17 kU/L – Rast Alfa Lactoalbumina: 0.13 kU/L e Rast Beta Lactoglobulina: 0,18 kU/L, nas referências do laboratório fala que de 0,1-0,7 kU/L é Baixo, fico na dúvida se realmente ele é alergico ou não uma vez que somente encontrei esta referencia em minhas pesquisas:

    Concentração de Anticorpos IgE específicos (kU/L)
    Classe 0: Inferior a 0,35 : Indetectável
    Classe 1: 0,35 a 0,70 : Muito baixo
    Classe 2: 0,71 a 3,50 : Baixo
    Classe 3: 3,51 a 17,50 : Moderado
    Classe 4: 17,51 a 50,00 : Elevado
    Classe 5: 50,01 a 100,00 : Muito alto
    Classe 6: Superior a 100,00 : Muito alto

    Fico no Aguardo!
    Obrigada!

    1. Ana Luisa:

      É como o exame diz: “inferior a 0,35 é negativo”.
      Portanto, ele não tem alergia do tipo I, por IgE a estes alimentos.

      Abs

    • Sandra em 15 de junho de 2012 às 16:13
    • Responder

    Por favor, minha filha foi diagnosticada com alergia ao leite de vaca, ela tem 9 meses e testes de IGE deu negativo e sangue oculto nas fezes deu negativo, leucócitos fecais deu negativo, e ph fecal 5. Ela nao apresenta nenhum outro sintoma a nao ser muitaz fezes durante o dia, ela come e faz coco quase que imediatamente. Nao tem diarreia, nao tem febre, nao tem dores abdominais, nao tem problemas respiratorios, nao tem problemas de pele, ela somente faz muito cocozinho e isto tem atrapalhado a absorcao de ferro, gorduras e proteinas dos alimentos…assim, ela nao ganha peso. Ela tem 09 meses, 7.5Kg e 68cm. ela ja tomou aptamil sem lactose, NAN soja e pregomim…e no inicio vai bem diminui a quantidade de fezes, mas depois volta a faze-las com maior frequencia. Agora a gastropediatra sugeriu o neocate. mas é super caro. Sera que posso dar leite de cabra?????? será que realmente é alergia ao leite???

    1. Sandra:

      Muitos bebês, nos primeiros meses de vida, apresentam o “Reflexo gastro-cólico“, isto é, toda vez que o bebê mama, ele evacua por reflexo. É muito comum nos bebês em aleitamento materno e a mãe não deve se preocupar porque é um reflexo normal.
      Agora, na suspeita da alergia ao leite de vaca, vale a pena fazer todos os exames a ele relacionados: RAST Leite de Vaca IgE. RAST Leite de Vaca IgG. RAST Caseína IgE. RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76). RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77).
      Experimente o leite de cabra, sim; muitas crianças se adaptam muito tem a ele, sem problemas.

      Abs

    • valdirene em 15 de junho de 2012 às 20:30
    • Responder

    meu filho tem 4 anos fiz o teste de tolerancia a lactose foi;
    glicemia em jejum…..70 mg/dl
    glicemia 30………..77 mg/dl
    glicemia 60………..71 mg/dl

    Gostaria de saber se o resulatado esta normal ou se ele é alergico ao leite.
    atenciosamente; valdirene

    1. Valdirene:

      A má-absorção da lactose é confirmada pelo exame de Intolerância à Lactose por um aumento da glicemia menor que 20 mg/dL.
      Como a glicemia dele só aumentou 7 mg/dL, isso indica que ele tem Intolerância à Lactose, e não Alergia ao leite de vaca.
      Por favor, leia o meu artigo em: http://drpaulomaciel.com.br/intolerancia-alimentar/.

      Abs

    • Mariana em 15 de junho de 2012 às 23:42
    • Responder

    Olá Dr td bem? meu filho tem 2 meses e 21 dias, e desde que nasceu aprsenta uma fissura no anus, se contorce toda vez que mama,e essa fissura no anus se agravou e tornou uma assadura grave que não sara, tive que começar a dar o Leite aptamil p ele pois vou começar a trabalhar e ele teve uma diarréia e as fezes dele estavam mto verdes.Levei ele na pedriatra e ela me disse que pode ser a intolerancia a lactose, só q eu não quero fazer o exame nele pois acho mto novinho e tenho dó de furá-lo. Será que o que ele tem é a intolerancia a lactose mesmo? obrigada.

    1. Mariana:

      Ele já tinha sintomas antes de iniciar o uso do leite de vaca?
      As fissuras anais são extremamente comuns em bebês, mas podem ocorrer em qualquer idade. Pesquisas indicam que 80% dos bebês têm uma fissura anal no primeiro ano de vida. A quantidade de fissuras anais diminui rapidamente com a idade. As fissuras são muito menos comuns entre crianças em idade escolar do que em bebês.
      Se ele começar a ter diarreias, gases ou cólicas ao tomar o leite de vaca, o caminho mais adequado é fazer mesmo os exames, apesar do incômodo que isto possa gerar, ok?

      Abs

    • Juliana Costa em 19 de junho de 2012 às 20:50
    • Responder

    Olá, Dr.Paulo!

    Meu filho tem 4 anos e 4 meses e foi diagnosticado com alergia à alfa-lactoalbumina (0,29 ku/l). Ele apresentava intolerância à lactose antes de completar um ano, mas repeti o teste há 2 meses e deu negativo. Quanto às reações alérgicas, ele nunca demonstrou nada.
    Gostaria de saber qual a gravidade da alergia diante das informações acima e se realmente a necessidade de suspender o leite de vaca.

    Atenciosamente,
    Juliana Costa

    1. Juliana:

      O exame de Ige dele deu “CLASSE 0: MENOR QUE 0,35 KU/L”, portanto negativo: ele não tem alergia à alfa-lactoalbumina!

      Abs

    • Solimar de Almeida em 20 de junho de 2012 às 15:57
    • Responder

    Boa tarde, Dr Paulo

    Foi diagnosticada com alergia alimentar(clara de ovo, peixe,amendoin,cebola,arroz,coco, soja) tenho 36 anos e sempre foi alergica a pelo de gato, polen, poeira e cigarros, so que agora tenho alergias respiratorias, qdo como os alimentos citados, gostaria de saber se posso tomar o leite supra soy semm lactose?? pois preciso fazer alimentos em casa e como eu sou alaegica a leite e ovos, me ajude não sei o que fazer

    1. Solimar:

      A princípio sou totalmente contra o uso do leite de soja por diversos motivos, descritos no meu site sobre o assunto: http://drpaulomaciel.com.br/soja-heroina-ou-vila/.
      Por outro lado, cerca de 50% das pessoas que têm alergia ao leite de vaca apresentam alergia simultânea às proteínas de outros alimentos como: ovos, soja, amendoim, achocolatados, laranja, peixes e trigo.
      Você escreveu que tem alergia alimentar ao soja, o que já o descarta para seu uso.
      O leite de soja não tem lactose, que é o açúcar do leite de vaca e humano. O leite humano contém de 6 a 8% de lactose e o de vaca, de 4 a 6%. Portanto, a lactose é um açúcar presente somente no leite de origem animal; os chamados “leites vegetais” como o leite de coco, de soja, arroz e outros não têm lactose.

      Abs.

    • Naiara carvalho em 21 de junho de 2012 às 20:48
    • Responder

    Ola dr. gostaria de saber qual a chance de de dois irmaos terem alergia a lactose?tenho uma filha de 3 anos e meio que ja foi cerada a 1ano… e agora th uma outra bebe de 8meses. Ja posso fazer o ige?Mas o pediatra dela disse q nao dar pra diagnosticar agora.Obrigada

    1. Naiara:

      Existem dois tipos básicos de intolerância à lactose: a genética e a adquirida. A intolerância genética é maior em determinadas raças de seres humanos. Assim, são intolerantes genéticos à lactose cerca de 90% dos asiáticos (chineses, japoneses, filipinos, coreanos etc.), 75% dos negros, árabes, judeus, gregos cipriotas, esquimós, índios e cerca de 15 % dos europeus. A intolerância genética, entretanto, só aparece após alguns anos de vida, dois a três anos por exemplo, apesar de haver raras exceções. Crianças de qualquer raça com menos de um ano, normalmente, são tolerantes à lactose. A intolerância à lactose pode aparecer em qualquer idade, mas geralmente crianças recém-nascidas não apresentam problemas de intolerância à lactose. A intolerância genética à lactose começa a se manifestar de um aos quatro anos. Com o passar dos anos a maioria dos adultos tende a diminuir a tolerância à lactose. Alguns podem se tornar intolerantes quando chegam à velhice, mesmo sem ter apresentando sintomas anteriormente.

      Abs

    • paula zadiski em 22 de junho de 2012 às 20:48
    • Responder

    descobri que meu filho tem alergia do leite os sintomas dele e diarreia bolinhas pelo corpo e problemas respiratorios inclusive faz uso de bombinhas fiz o exame de ige total e o resultado foi de 1026,00 ui/l realmente isso e grave me ajude a entender mais sobre isso obrigado

    1. Paula:

      O IgE total não diz muita coisa além dele ter alergia do tipo I.
      O ideal é fazer o teste RAST para alimentos e ver a quais ele tem alergia. Em primeiro lugar, faça todos os exames de sangue de todos os RAST múltiplos :

      fx1 (Amendoim, avelã, castanha-do-Pará, amêndoa e coco)
      fx2 (Peixe, camarão, mexilhão e atum)
      fx3 (Trigo, aveia, milho, gergelim e trigo negro)
      fx5 (Clara de ovo, leite de vaca, bacalhau, trigo, amendoim e soja)

      A partir disto, fazer os RASTs individualizados para os múltiplos que deram positivo:

      f1 = Clara de ovo; f25 = Tomate; f77 = Betalactoglobulina; f2 = Leite de vaca; f26 = Carne de porco; f78 = Caseína; f3 = Bacalhau; f27 = Carne de vaca; f79 = Glúten; f4 = Trigo; f31 = Cenoura; f80 = Lagosta; f7 = Aveia; f33 = Laranja; f83 = Carne de galinha; f8 = Milho; f35 = Batata; f92 = Banana; f9 = Arroz; f37 = Coco; f93 = Chocolate (cacau); f12 = Ervilha; f44 = Morango; f202 = Castanha de caju; f13 = Amendoim; f47 = Alho; f207 = Marisco; f14 = Soja; f48 = Cebola; f208 = Limão; f17 = Avelã; f75 = Gema de ovo; f256 = Noz; f24 = Camarão; f76 = Alfa-lactoalbumina; rf287 = Feijão.

      Se nada disso der positivo, parta para a investigação das alergias tardias tipo IgG:

      http://www.alcat.com.br/
      http://www.food-detective.com.au/
      http://www.autismoinfantil.com.br/nossos-exames/exame-de-alergias-igg.html

      Por fim, a terceira alternativa é encontrar um médico ou nutricionista que faça o Vegatest e testar diretamente suas sensibilidades aos alimentos, ok?

      Abs

    • Fausta Novaes em 23 de junho de 2012 às 0:46
    • Responder

    Dr. Paulo meu filho fez os teste de ige total= 56.7 e ige leite de vaca = 5,82, fez tambem de ovo, soja e trigo = < 35 ku/l:
    Eu ainda o amamento, devo retirar o leite da minha alimentação tamém?
    Este indice de ige total dele pode esta alto por causa de outros fatores alergicos? (temos um cachorrihno).
    o ige de leite de vaca pode esta alto pq meu leite transmite a proteina para ele? Pois eu nao dou nada com leite para ele desde que descobri a alergia.
    Antes de mais nada, obrigada pelo site, me confortou muito saber que com a exclusao do leite meu filho pode melhorar.
    obrigada!!! aguardo resposta…

    1. Fausta:

      A alergia do leite = 5,82 kUA/L indica uma alergia “moderada”. Os outros deram < 35, ou < 0,35 kUA/L? Se for < 0,35 ele não tem estas alergias. Ele já toma leite de vaca, ou só o seu leite materno? Algumas crianças têm sintomas de alergia a partir do leite de vaca e derivados que a mãe consome. Cerca de 50 a 80 % das pessoas que apresentam alergia ao leite também podem apresentar alergia a inalantes alergênicos, como pólen, pêlos de animais, mofo, poeira de carpetes etc. O ideal seria fazer todos os RAST do leite de vaca: RAST Leite de Vaca IgE (F2); RAST Leite de Vaca IgG; RAST Caseína IgE; RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76) e RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77). Abs.

    • lane em 25 de junho de 2012 às 22:25
    • Responder

    olá DR meu filho tem APLV desna de 2meses de vida hj ele tem 1 ano e 9 meses fiz o IGE o resultado foi 163,2 UI/ml ta alta ou normal agradeço sua resposta abraços.

    1. Iane:

      A IgE total não tem muito valor nesta sua questão, porque ela vai indicar a soma de todas as alergias que ele possa ter: embora o leite de vaca esteja implicado com problemas de alergia, cerca de 50% das pessoas apresentam alergia simultânea às proteínas de outros alimentos, incluindo ovos, soja, amendoim, achocolatados, laranja, peixes e trigo. Cerca de 50 a 80 % das pessoas que apresentam alergia ao leite também podem apresentar alergia a inalantes alergênicos, como pólen, pêlos de animais, mofo, poeira de carpetes etc.

      O ideal seria fazer todos os RAST do leite de vaca: RAST Leite de Vaca IgE (F2); RAST Leite de Vaca IgG; RAST Caseína IgE; RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76) e RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77) e depois tirar uma conclusão, ok?

      Abs.

    • Flávio em 27 de junho de 2012 às 11:32
    • Responder

    Dr Paulo,
    Parabéns por nos informar tão bem. Gostaria de tirar uma dúvida que me aflige. Meu filho mostrou alergia às proteínas do leite desde os 15 dias de vida e desde então faz uso do ‘leite’ de soja. Está agora com 4 anos e possui 12 ku/L. Me alertaram para o fato da soja estimular a produção de estrógeno, sendo assim preocupante nos meninos. Fiquei bastante intrigado e pergunto ao sr. até que ponto devemos nos alarmar com esse fato. Agradeço antecipadamente. Flávio.

    1. Flávio, leia a minha página do site sobre o assunto: http://drpaulomaciel.com.br/perigo-soja-a-vista/.
      Abs.

    • Cristina em 30 de junho de 2012 às 15:28
    • Responder

    Dr paulo, minha tem 2 anos e 9 meses o ultino exame IGE RAST LEITE DE VACA o resultado foi inferior a 0,35 ku/l isso quer dizer que a alergia dela acabou?

    1. Cristina:
      Significa que ela não está mais produzindo anticorpos contra o leite de vaca, pela supressão do seu uso.

      Em um estudo realizado no Canadá, em 97 crianças alérgicas às proteínas do leite (média de 18 meses de vida), reavaliados aos 5 anos, 72 % eram alérgicos aos dois anos, 46 % aos quatro anos, e 22 % aos seis anos. Somente 24% das crianças eram alérgicas somente às proteínas do leite. Os outros alimentos envolvidos na alergia foram ovo (58 % do total), soja (47%) e amendoim (34%).
      As crianças que ficam alérgicas após os três anos de vida têm a tendência de se manter alérgicas por mais tempo. Estudos tem sugerido que, aproximadamente, um terço das crianças e adultos perdem a condição de alérgicos após evitarem os produtos de laticínios que causam a alergia por dois ou três anos. Entretanto, os pacientes com hipersensitividade a amendoim, nozes, peixes e crustáceos raramente perdem sua condição de alérgicos. Além disso, estes quatro alimentos é que causam a maioria das reações alérgicas que podem causar a morte por choque anafilático.
      O tempo necessário para a alergia desaparecer depende da severidade da reação inicial. As crianças que apresentaram sintomas de reações sistêmicas geralmente deixam de ser alérgicas depois daquelas que apresentavam sintomas de urticária em volta da boca.
      Abs

    • Paula do Amaral em 30 de junho de 2012 às 21:05
    • Responder

    Olá Doutor estou com uma dúvida, meu filho tem 7 meses e o teste de imunoglubina E- IgE dele é igual a 157,0…..eu sei que esta muito elevada para a idade mais o que isso realmente quer dizer sendo que ele fez o exame de IgE para alimentos infantis, para leite e para poeira e todos deram menos que 0,35…

    att

    1. Paula:
      A IgE pode estar aumentada tanto para alergias alimentares quanto para alergias respiratórias (rininte) e de pele (urticárias, dermatites).
      Por isso investigue também as IgE do ambiente (poeira, polen, acaros, etc.), ok?

    • Izabela Villela em 11 de julho de 2012 às 19:26
    • Responder

    Olá Dr. Paulo
    Estou super aflita lendo tudo isso. Porque tem exatamente 4 meses que meu filho de 10 meses começou a mamar o leite em pó Nestogeno e desde então ele apresenta dermatite atópica se coça muito até sangrar. Está com uma tosse crônica sempre depois de mamar, muita produção de secreção, coriza,ronco ao dormir, dificuldade para respirar dormindo assim de boca aberta e acordando várias vezes à noite. Fui em uma Alergologista e foi feito o teste alérgico e deu negativo alergia a lactose aliás deu negativo à tudo. Com isso a dra. pediu um exame de broncoprovocação com metacolina para ver se era bronquite ou asma.Segundo ela deu sim na 4 tentativa um valor relevante na sua saturação e frequência cardíaca porém ele não chiou. Dai começamos o tto com prelone, aerolin ate passar a crise de tosse e flixotide no espaçador. Porém meu filho não teve melhora alguma e apresentou uma crise horrível de tosse, febre e até vômitos. Fui ao pa e me disseram amidalite e aí vieram amoxicilina 10 dias,hixizine 5 dias,desongex 5 dias e o que já faço lavar as narinas com soro de 4/4 hrs e vapor no quarto. Resultado tomou tudo e nada da tosse e a secreção melhorar depois de 10 dias meu filho volta a não dormir com os mesmos sintomas. Fui ao Otorrino achando que pode ser adenóide foi pedido um exame de videonaso para ver se é vamos fazer sexta-feira. E por último depois de ler tudo isso aqui estou pensando sobre alergia a lactose ou refluxo. Me dê uma luz estou perdida vou em vários profissionais e não acho solução para meu filho.
    Att
    Izabela Villela

    1. Izabela:

      A primeira coisa a lembrar é que a Dermatite Atópica é uma doença crônica que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira. E que cerca de 30% dos indivíduos com dermatite atópica têm asma ou rinite alérgica e 15% têm surtos de urticária. Há estudos que apontam 70% dos pacientes com antecedentes familiares de atopia (asma, rinite alérgica ou dermatite atópica).

      Embora os mecanismos responsáveis por esta reatividade alterada não estejam ainda completamente conhecidos, sabe-se que fatores genéticos, imunológicos e não-imunológicos, contribuem simultaneamente para o seu aparecimento. Atualmente aceita-se mais que a dermatite atópica é um fenômeno auto-imune, onde sem uma causa conhecida, o próprio sistema imunológico “ataca” a pele. Assim a Dermatite atópica difere de outros tipos de dermatites por não tratar-se de uma alergia específica, ou seja, não há a necessidade de contato prévio com alguma substância ou material.

      Do ponto de vista bioquímico, há dois tipos de dermatite atópica: O primeiro associado à expressão de Imunoglobulina tipo E (IgE) e outro não vinculado à expressão de IgE. Atualmente considera-se o fator genético como preponderante na Dermatite Atópica. Foi demonstrado que um gene, chamado em inglês de “Filaggrin” (Proteína agregadora de filamentos) é grandemente responsável pela dermatite atópica.”Filaggrin” agrega e liga o esqueleto de ceratina da epiderme. Mais da metade das crianças com dermatite atópica de intensidade moderada a grave possuem tal gene.

      Já que a dermatite atópica tem como causa fatores complexos, embora a dermatite atópica não seja uma alergia, sua incidência é maior em pessoas alérgicas ou provenientes de famílias com história de rinite ou asma. Provavelmente devido à disfunção do sistema imunológico pré-existente causando um fenômeno de sensibilização cutânea. Há, também, evidências de que alergias alimentares podem desencadear episódios de dermatite atópica. Dê uma lida no ppt do site: http://www.alergiabr.com.br/Arquivos/Biblio-3-%20OParalelo%20da%20Asma%20e%20da%20Dermatite%20At%C3%B3pica.ppt.

      Sendo assim, o indivíduo com dermatite atópica tem um aumento da reatividade cutânea frente a inúmeros estímulos, tais como: Alimentos: leite, ovo, trigo, soja, amendoim, peixes e frutos do mar. Fatores ambientais: ácaros, fungos, animais e pólens. Irritantes cutâneos: tecidos de lã e sintéticos, sabão, detergentes, amaciantes de tecido, solventes, frio intenso, ambientes secos, banhos quentes, poeira, fumaça de cigarro, calor excessivo e suor. Infecções: vírus, fungos e bactérias. Fatores emocionais alterados, como estresse, tristeza, ansiedade ou angústia.

      Você escreveu “alergia a lactose”, mas a lactose não dá alergia, apenas intolerância.
      Provavelmente o seu filho tem os três fatores associados: dermatite atópica, alergia alimentar e alergia respiratória.
      Lembre-se que só 4% das alergias são do tipo I, por IgE; e que mais de 80% são por IgG.
      Fazer os exames de RASTS múltiplos e depois fazer os específicos. O ideal seria também fazer todos os RAST do leite de vaca: RAST Leite de Vaca IgE (F2); RAST Leite de Vaca IgG; RAST Caseína IgE; RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76) e RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77)
      Depois fazer os exames para alergia por IgG:
      http://www.alcat.com.br/
      http://intoleranciaalimentar.com.br/

      Abs

    • Kelly em 24 de julho de 2012 às 11:10
    • Responder

    Bom dia! Dr Paulo meu filhote fez exame de IgE e o resultado foi assim:
    IgE
    Material: Sangue
    Imuglobulina E

    RESULTADO……….: 2,38 KU/L

    O que eu devo fazer? Ele tem alergia? AS medica só vai consultar ele dia 8 e gostaria ja de saber. Obrigada!

    1. Kelly:

      O valor de referência da IgE depende da idade da criança e dos padrões de cada laboratório.
      Mas em média, os valores são:

      – Recém-nascido -> até 2,3 kU/L
      – 1 a 11 meses -> até 8,6 kU/L
      – 1 a 3 anos -> até 24,0 kU/L
      – 4 a 6 anos -> até 30,0 kU/L
      – 7 a 10 anos -> até 116,0 kU/L
      – > de 10 anos -> até 140,0 kU/L

      Portanto, se ele tem acima de 1 mês já indica que a IgE dele está normal e ele não tem alergia pela IgE.

      Abs

    • Juliana Mello Vison em 25 de julho de 2012 às 15:10
    • Responder

    Dr. Paulo, A minha filha tem 6 meses e só pegou o peito até os 15 dias depois a medica dela pediu para complementar com a formula aptamil, ela teve urticaria pelo corpo todo. A Dr.suspendeu o uso do aptamil e receitou o isomil soja, que a minha filha toma até hoje. Mas ouvi muita coisa ruim sobre a soja para crianças. O que é verdade ? Será que posso submeter a minha filha a exames para ter certeza se ela tem a alergia? Ou tenho que esperar os 2 anos como a Medica falou? A alergia ou intolerancia tem cura? Tenho muitas duvidas sobre o que posso ou não dar para a minha filha.
    Obrigado

    1. Juliana:

      Realmente, você tem tantas dúvidas quanto perguntas…Rs.
      Mas na verdade quase ninguém sabe nada de concreto sobre estes assuntos, nem mesmo os meus colegas médicos.

      Eu lhe aconselho a ler as minhas outras páginas sobre alergias e intolerâncias alimentares para ir tirando suas dúvidas, ok?
      http://drpaulomaciel.com.br/alergia-alimentar/
      http://drpaulomaciel.com.br/sintomas-relacionados-com-alergia-alimentar/
      http://drpaulomaciel.com.br/testes-para-alergias-alimentares/
      http://drpaulomaciel.com.br/intolerancia-alimentar/

      Em relação à soja, leia também as minhas páginas sobre o tema:
      http://drpaulomaciel.com.br/perigo-soja-a-vista/
      http://drpaulomaciel.com.br/soja-heroina-ou-vila/
      http://drpaulomaciel.com.br/a-soja-por-feldman/
      http://drpaulomaciel.com.br/a-soja-segundo-o-dr-zava/

      Você pode fazer os exames nela a partir do 1º mês de vida para examinar as IgE.

      Abs

    • Andrezza em 26 de julho de 2012 às 22:51
    • Responder

    Dr Paulo Maciel

    Minha filha deu IGE:

    CLASSE 0 E 0,25 É CONSIDERAVEL POSSITIVOELA TEM 1 ANO E 2 MESES

    1. Andrezza:

      Se deu “Classe 0” é negativo, portanto ela não tem alergia tipo I (IgE) para a substância testada, ok?

      Abs

    • Andresa em 24 de outubro de 2012 às 11:04
    • Responder

    Dr Paulo Maciel,

    Meu filho apresenta quadros de sapinho intestinal desde os 5 meses ( hoje ele está com 1 ano e 7 meses) , nunca deu na boca, sempre no bumbum, com fezes que assam muito. Os exames de ph nas fezes apresentam sempre 6,0 e nunca deu sangue oculto, parasitas, rotavirus, corpos redutores negativo e piocitos ausente, porém apresenta sempre o mesmo fungo ( candida) , que é tratado com nistatina. Sobre a higiene não sei mais o que fazer pois sou eu que cuido dele e as mamadeiras , bicos, copos de suco, valvulas de copos são todas lavadas e esterelizados, o banheiro que ele usa é só dele, as frutas e legumes são lavadas e colocadas em solução de agua/agua sanitária enfim sobre a higiene pessoal dele estou chegando a ficar neurótica. Ocorre que pesquisando na internet li que estes espisódios frequentes de candida podem estar ligados a alergias , doenças autoimunes que podem estar desequilibrando a sua flora intestinal. Isso é verdade? devo procurar um alegista? Obrigado.

    1. Andressa:

      Sim, a candidíase, principalmente a sistêmica, pode estar relacionada com alergias e intolerâncias alimentares, disbiose intestinal, imunodeficiências e dieta inadequada.

      Dê uma estudada neste site: http://candidabranca.blogspot.com.br/ e procure um infectologista.

      Abs.

    • barreto em 24 de outubro de 2012 às 22:46
    • Responder

    Dr Paulo tenho uma cabra e numa teta sai leite normal e na outra sai um líquido tipo sangue e com cheiro forte de leite estragado e a teta fica fria. O que aconteceu e o que fazer?

    1. Barreto:

      Eu sou médico de seres humanos e não médico veterinário. Procure um veterinário, por favor!

    • ROSAINE em 25 de outubro de 2012 às 10:48
    • Responder

    OLA DR. O MEDICO PEDIU O EXAME DE IMUNOGLOBINAS IGE PARA MINHA FILHA DE 5 ANOS O RESULTADO FOI 7.11 KU/L O QUER DIZER?

    1. Rosaine:

      Quer dizer que ela tem uma alergia da CLASSE 3: 3,50 A 17,50 KU/L (grau alto).

    • Silvana em 25 de outubro de 2012 às 14:00
    • Responder

    OI Dr. Paulo,
    Tenho uma bebê de 7 meses que apresenta muita constipação. Ela possui muita dificuldade para fazer cocô, e as fezes são muito, muito endurecidas.Faz uso do medicamento Lactoluna e FIBER MAIS diariamente, porém não dá resultado. O pediatra que acompanha ela, falou que era decorrente o leite de vaca (NAN) e me encaminhou para uma gastro, que modificou a dieta dela e passou o NAN SOY para ela tomar 2 vezes ao dia. Enrriqueceu a dieta com alimentos laxantes (mamão, pera, ameixa, arroz, macarrão integral…). e solicitou varios exames de IGA, IGE, IGF-1, IGF BP 3…POrem ate o momento não teve nenhuma melhora. A gastro falou que pode ser uma alergia decorrente a lactose. Minha bebe nunca apresentou esses sintomas de vomito, diarreia, manchas no corpo…. Ela so tem mesmo constipação.Esse quadro apresentado pode ser mesmo Intolerancia a lactose? Estou muito preocupada.

    1. Silvana:

      Não, estes sintomas não são de Intolerância à lactose, mas de alergia alimentar.

      Primeiro leia a minha página sobre Intolerância: http://drpaulomaciel.com.br/intolerancia-alimentar/.

      Em segundo lugar, faça todos os exames de sangue de todos os RAST múltiplos :

      fx1 (Amendoim, avelã, castanha-do-Pará, amêndoa e coco)
      fx2 (Peixe, camarão, mexilhão e atum)
      fx3 (Trigo, aveia, milho, gergelim e trigo negro)
      fx5 (Clara de ovo, leite de vaca, bacalhau, trigo, amendoim e soja)

      A partir disto, fazer os RASTs individualizados para os múltiplos que deram positivo:

      f1 = Clara de ovo; f25 = Tomate; f77 = Betalactoglobulina; f2 = Leite de vaca; f26 = Carne de porco; f78 = Caseína; f3 = Bacalhau; f27 = Carne de vaca; f79 = Glúten; f4 = Trigo; f31 = Cenoura; f80 = Lagosta; f7 = Aveia; f33 = Laranja; f83 = Carne de galinha; f8 = Milho; f35 = Batata; f92 = Banana; f9 = Arroz; f37 = Coco; f93 = Chocolate (cacau); f12 = Ervilha; f44 = Morango; f202 = Castanha de caju; f13 = Amendoim; f47 = Alho; f207 = Marisco; f14 = Soja; f48 = Cebola; f208 = Limão; f17 = Avelã; f75 = Gema de ovo; f256 = Noz; f24 = Camarão; f76 = Alfa-lactoalbumina; rf287 = Feijão.

      Se nada disso der positivo, parta para a investigação das alergias tardias tipo IgG:

      http://www.alcat.com.br/
      http://www.food-detective.com.au/
      http://www.autismoinfantil.com.br/nossos-exames/exame-de-alergias-igg.html

      Por fim, a quarta alternativa é encontrar um médico ou nutricionista que faça o Vegatest e testar diretamente suas sensibilidades aos alimentos, ok?

      Abs.

    • beatriz em 25 de outubro de 2012 às 21:22
    • Responder

    ola Dr. Paulo,eu tenho 19 anos e descobri que tenho APLV a dois meses,quando tive bronco espasmo, minha mãe (que é pediatra) recentemente mandou eu tomar leite de cabra e eu tive outra crise alergica e voltei a ter o bronco espasmo,e fui a internet pesquisas e muitas proteinas do leite de vaca tambem existem no leite de cabra. Gostaria de saber porque o senhor indica o leite de cabra aos alergicos a leite de vaca se tambem causam alergia.

    Obrigada, desde ja.

    1. Beatriz:

      A indicação de tentar o uso do leite de cabra tem duas razões:

      1. Como raramente as pessoas fazem uso do leite de cabra na primeira infância, quando o intestino ainda está imaturo, são mais raros os casos de alergia ao leite de cabra do que ao leite de vaca.

      2. Alguns estudos mostram que o uso de outros leites animais (cabra, ovelha, búfala, etc…) possuem um risco estimado de aproximadamente 60 a 80% de apresentar alergia cruzada com o leite de vaca, por causa das proteínas similares.

      Em um estudo realizado no Canadá, em 97 crianças alérgicas às proteínas do leite (média de 18 meses de vida), reavaliados aos 5 anos, 72 % eram alérgicos aos dois anos, 46 % aos quatro anos, e 22 % aos seis anos. Somente 24% das crianças eram alérgicas somente às proteínas do leite. Os outros alimentos envolvidos na alergia cruzada foram ovo (58 % do total), soja (47%) e amendoim (34%).

      Quanto ao leite de cabra, quando existem dúvidas, pode-se fazer o RAST para leite de cabra, o F300.

      Abs.

    • Priscilla em 25 de outubro de 2012 às 22:22
    • Responder

    Boa noite,Dr. Paulo! Tenho 25 anos e fiz o teste alérgico, o Prick-Test. Deu positivo para pêlo de animais, mofo, lã, insetos, cigarro, cheiros fortes e poeira. Porém, após este teste fiz um exame de sangue, o IGE Total e o resultado foi 60 KU/L. Gostaria de saber o que devo fazer neste caso. Obrigada.

    1. Priscila:

      Você deve evitar o contato com pelo de animais, mofo, lã, insetos, cigarro, cheiros fortes e poeira.

      Abs.

    • Barbara em 26 de outubro de 2012 às 9:02
    • Responder

    Dr Paulo Maciel, minha filha tem 2 meses ( tive q tirar o leite materno pois ela teve uma crise de sapinho e emagreceu cerca de 400g)na primeira ingestao do Aptamil ela teve vomitos com rajadas de sanque o coco era bem molinho como agua , e varias erupçoes na pele, ficou internada com obstruçao nasao preucupante. troquei por soja e as unica mudança foram no coco que passou a ser durro, de 2 em dois dias , os vomitos continuavam mesmo com com remedios de refluo e a obstruçao nasal sumiu.troquei para aptamil pept com proteina hidrolisada do soro do leite, o coco voltou a ficar mole os voitos mudaram para regujitaçoes e muitos engasgos, ja estavamos na 3 lata e a pele esta piorando muito dando ate mesmo feridas e o sistema respiratorio tem piorado. Afinal qual será o melhor leite para esta idade . POr favor me esclareça qual a gravidade desta alergia. A ela teve reaçoes a amido de milho (usei para curar assadurar do coco mole).

    1. Barbara:

      O leite Isomil de Soja é feito com isolado protéico de soja 100% e aproximadamente 50% das crianças alérgicas ao leite de vaca também são alérgicas às proteínas do soja.

      O leite Enfamil é uma fórmula infantil com Ferro para lactantes, mas tem as proteínas do leite de vaca só parcialmente hidrolisadas e serve para lactentes com transtornos gastrointestinais leves, mas não para crianças com alergia ao leite de vaca. Ele tem a relação do soro de Caseína 60:40, o que é muito alto para pessoas alérgicas.

      O leite NAN sem lactose é feito à base de leite de vaca e por isso não pode ser usado por crianças alérgicas ao leite de vaca.

      O leite Aptamil também tem proteína Láctea (caseína/proteína do soro = 40/60) e não serve para pessoas alérgicas. É uma fórmula anti-regurgitação para lactentes com composição específica para condições de refluxo gastroesofágico.

      O ideal seria fazer todos os RAST do leite de vaca: RAST Leite de Vaca IgE (F2); RAST Leite de Vaca IgG; RAST Caseína IgE; RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76) e RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77).

      Se algum dos exames der positivo, você vai ter que experimentar o leite de cabra ou outros leites hipoalergênicos taix como: Leite Althera Nestle Health Science Fórmula Infantil Hipoalergênica; Alfare (Nestlé); Pregestimil (Mead Johnson); NutramIgEn (Mead Johnson); Neocate; Pregomin e Nan H.A. PO (Proteínas Parcialmente Hidrolisadas), Nutriben Hidrolisado, Alergomed, etc.

      Abs.

    • Karina em 29 de outubro de 2012 às 8:57
    • Responder

    Bom dia doutor… Vou procurar um alergista para fazer o teste de alergia, se concindir com a semana que estarei na fase menstrual como sinto muitas cólicas se eu tomar dipirona, será que altera o resultado do exame?

    1. Karina:

      Não, não altera.

    • Cíntia em 29 de outubro de 2012 às 10:49
    • Responder

    Bom dia. Tenho 29 anos, há 2 anos tive sintomas de tonturas que persistiram por quase 1 ano, nesse período tive dor muito forte no ouvido e fui medicada. Há 1 ano e meio começou uma coceira muito forte inicialmente à noite antes e após o banho q persistiu por uns 3 meses, depois ao longo do dia parecidas com picadas de insetos, hora como se a pele estivesse arrepiada, hora ao friccionar a pele, trocar de roupa e hora tb do “nada” surgiam alguns caroços endurecidos pequenos e maiores. Fui em um dermatologista que prescreveu Altiva 180mg, segundo o mesmo, sendo utilizado sempre q necessário, mas é só ficar sem o remédio q aparece a coceira. Tds os dias coça muito, hoje consigo ficar sem a medicação uns 3 ou 4 dias mas a coceira e os vergoes continuam em menor intensidade. Nesse mesmo período estou apresentando acne além do rosto, pescoço, colo, barriga, costas e quadros respiratórios corizas, nariz entupido,,tosse produtiva a noite e catarro. Tb tive alguns meses atras cólicas abdominais fortes,distensão abdominal a noite, arrotos q melhoram a distensão. Fiz reposição de vit. b12 por mais ou menos 3 anos pq tinha esse déficit e já há 2 anos ñ faço mais devido aos níveis normais dessa vit.. Esses sintomas pode ser alergia ao leite..Estou precisando de ajuda ñ sei mais o q fazer qual médico procurar, já passei por esse dermato, clinica geral e tb homeopata mas tds sem melhora, por útimo solicitei esses exames para a clinica geral mas ela disse q não era necessário q uma hora descobriria o q me fal mal,,, me ajude dr…
    Att
    Cíntia

    1. Cintia:

      Em primeiro lugar, faça todos os exames de sangue de todos os RAST múltiplos :

      fx1 (Amendoim, avelã, castanha-do-Pará, amêndoa e coco)
      fx2 (Peixe, camarão, mexilhão e atum)
      fx3 (Trigo, aveia, milho, gergelim e trigo negro)
      fx5 (Clara de ovo, leite de vaca, bacalhau, trigo, amendoim e soja)

      A partir disto, fazer os RASTs individualizados para os múltiplos que deram positivo:

      f1 = Clara de ovo; f25 = Tomate; f77 = Betalactoglobulina; f2 = Leite de vaca; f26 = Carne de porco; f78 = Caseína; f3 = Bacalhau; f27 = Carne de vaca; f79 = Glúten; f4 = Trigo; f31 = Cenoura; f80 = Lagosta; f7 = Aveia; f33 = Laranja; f83 = Carne de galinha; f8 = Milho; f35 = Batata; f92 = Banana; f9 = Arroz; f37 = Coco; f93 = Chocolate (cacau); f12 = Ervilha; f44 = Morango; f202 = Castanha de caju; f13 = Amendoim; f47 = Alho; f207 = Marisco; f14 = Soja; f48 = Cebola; f208 = Limão; f17 = Avelã; f75 = Gema de ovo; f256 = Noz; f24 = Camarão; f76 = Alfa-lactoalbumina; rf287 = Feijão.

      Se nada disso der positivo, parta para a investigação das alergias tardias tipo IgG:

      http://www.alcat.com.br/
      http://www.food-detective.com.au/
      http://www.autismoinfantil.com.br/nossos-exames/exame-de-alergias-igg.html

      Faça também os testes para alergias ambientais:

      mx1 (Penicillium notatum, Chlodosporium herbarum, Aspergillus fumigatus e Alternaria alternata)

      Pólen de gramíneas gx2 (Grama rasteira, azevém, capim rabo de gato, capim de junho, capim Johnson, capim Bahia, capim Massambará e grama Batatais)

      Epitélio de animais ex1 (Descamação de pele de gato, de cavalo, de vaca e de cão)

      Poeira doméstica hx2 (Pó caseiro, barata e ácaros – D. pteronyssinus e D. farinae)

      Triagem qualitativa para inalantes Phadiatop (Fungos, ácaros, epitélios, polens e pó doméstico)

      E alguns IgEs específicos:

      IgE específico (i1) – venenos – abelha
      IgE específico (i2) – venenos d. Maculata vespa cab. Branca
      IgE específico (i2) – vespa cabeça branca
      IgE específico (i3) – venenos – vespa capa amarela
      IgE específico (i4) – venenos – vespa comum
      IgE específico (i5) – venenos – vespa amarela
      IgE específico (i6) – insetos – barata
      IgE específico (i70) – insetos – formiga
      IgE específico (i71) – insetos – mosquito comum
      IgE específico (i72) – insetos – c. Lewisi
      IgE específico (i73) – insetos – larva de sangue
      IgE específico (i75) – venenos – vespa européia
      IgE específico (i76) – insetos – t. Angustum
      IgE específico (i8) – insetos – traça

      Por fim, a terceira alternativa é encontrar um médico ou nutricionista que faça o Vegatest e testar diretamente suas sensibilidades aos alimentos, ok?

      Abs.

        • Cíntia em 13 de novembro de 2012 às 13:34
        • Responder

        Obg Dr. pela resposta, como disse no comentário acima solicitei esses exames à médica e a mesma disse que se essa é a suspeita “é só retirar o leite e derivados da dieta”…já que não posso fazer os exames sem a solicitação o que me resta é tentar, se não melhorar vou tentar ajuda de outro médico já que em 2 anos passei por 3. Qual especialista procurar? Moro em jacareí -sp pode indicar um profissional?
        Novamente, agradeço a atenção.
        Att

        1. Cíntia:

          Você precisa procurar um Alergologista, mas não conheço nenhum em sua cidade para indicar.

          Procure pelas listas na internet ou entre em contato com o CRM da sua região.

          Abs.

    • KARYN em 29 de outubro de 2012 às 13:19
    • Responder

    Boa Tarde Dr Paulo, é muito bom ter alguem que tire nossas dúvidas, pois é muito angustiante nao saber direito o que seu filho tem. Minha menina tem 4 meses e aos 2 meses apresentou sangue nas fezes. com orientação médica tiramos o leite a soja e amendoim, da minha alimentação pois ela só mama no peito. Porem, um mês depois ainda havia sangue, cólica e diarreia com cheiro forte. Comecei a perceber que o peixe e o ovo tambem provocavam reação nela. Com 40 dias de tratamento minha filha ainda tem dificuldade de dormir, chora, e tem colicas. Gostaqria de saber se tem algum exame para ser feito aos 4 meses para saber se estou no caminho. Grata Karyn

    1. Karyn:

      Em primeiro lugar, faça todos os exames de sangue de todos os RAST múltiplos :

      fx1 (Amendoim, avelã, castanha-do-Pará, amêndoa e coco)
      fx2 (Peixe, camarão, mexilhão e atum)
      fx3 (Trigo, aveia, milho, gergelim e trigo negro)
      fx5 (Clara de ovo, leite de vaca, bacalhau, trigo, amendoim e soja)

      A partir disto, fazer os RASTs individualizados para os múltiplos que deram positivo:

      f1 = Clara de ovo; f25 = Tomate; f77 = Betalactoglobulina; f2 = Leite de vaca; f26 = Carne de porco; f78 = Caseína; f3 = Bacalhau; f27 = Carne de vaca; f79 = Glúten; f4 = Trigo; f31 = Cenoura; f80 = Lagosta; f7 = Aveia; f33 = Laranja; f83 = Carne de galinha; f8 = Milho; f35 = Batata; f92 = Banana; f9 = Arroz; f37 = Coco; f93 = Chocolate (cacau); f12 = Ervilha; f44 = Morango; f202 = Castanha de caju; f13 = Amendoim; f47 = Alho; f207 = Marisco; f14 = Soja; f48 = Cebola; f208 = Limão; f17 = Avelã; f75 = Gema de ovo; f256 = Noz; f24 = Camarão; f76 = Alfa-lactoalbumina; rf287 = Feijão.

      Se nada disso der positivo, parta para a investigação das alergias tardias tipo IgG:

      http://www.alcat.com.br/
      http://www.food-detective.com.au/
      http://www.autismoinfantil.com.br/nossos-exames/exame-de-alergias-igg.html

      Por fim, a terceira alternativa é encontrar um médico ou nutricionista que faça o Vegatest e testar diretamente suas sensibilidades aos alimentos, ok?

      Abs.

    • Juliana em 31 de outubro de 2012 às 10:40
    • Responder

    bom dia Dr.
    meu filho apresentou colicas e distenção abdominal desde os primeiros dias de vida, nunca mamou no peito foi direto para o leite industrializado passando do nestogeno plus, nam comfor, e sempre rejeitando leite, sempre mal, chorando por até 6 horas ininterruptas, passei pela maioria dos leites tradicionais de mercado aos 3 meses fiz uso do Ades original ele aceitou e continuou com os sintomas, NAO TINHA NENHUMA REAÇÃO NA PELE, ENTRETANTO OLHOS LACRIMEJANTES SEMPRE, ESPIRROS CONSTANTES,CONSTIPAÇÃO INTESTINAL,REJEIÇÃO AO LEITE DE QUALQUER MARCA, ACEITAVA POR 3 DIAS, DEPOIS REJEITAVA, chorava só de olhar a mamadeira. foi entao que sugeri ao pediatra os exames de alergia ele ja estava com 5 meses e nao ganhava peso. quanto aos exames
    IGE ESPECIFICO PARA LEITE DE VACA- ABAIXO DE 0,35MG
    IGE ESPECIFICO PARA ALFALACTOALBUNINA- ABAIXO DE 0.35
    IGE TOTAL IMONOGLOBULINA E- 3.55
    IGE ESPECIFICO CASEINA- INFERIOR A 0.35
    IGE ESPECIFICO PARA BETA LACTOGLOBULINA- INFERIOR A 0.35
    DETECÇÃO GENETICA DA INTOLERANCIA A LACTOSE (RASPADO BUCAL)- GENOTIPO CC- intolerante a lactose.

    foi ai que entrou minha luta com a alimentação dele substitui o leite dele pelo ISOMIL, entretanto os sintomas persistiram
    substitui pelo aptamil sem lactose e nam sem lactose, ele rejeitou a mamadeira com ambos.
    entao agora com 6 meses entrei com o da FRIMESA BAIXA LACTOSE ele aceitou, melhorou o aspecto das feses entretanto a distençao abdominal permaneceu, chora e se sente incomodado o dia todo, nao tem sono tranquilo, vira e remexe durante toda a madrugada e ganhou apenas 300gr, desde a introdução na dieta, esta sendo alimentado tambem com dieta semi pastosa amassada, legumes e frutas, dos quais rejeita (mamao, por vezes banana, beterraba) e aceita facilmente uva, morangos que foram introduzidos na dieta juntamente com o leite baixa lactose da frimesa, nunca fiz qualquer exame mais detalhado a nivel de estomago esofago e ou intestino, entao o que me recomendaria fazer… preciso achar o que esta acontecendo com meu filhote. ESSE EXAME QUE FIZ POR RASPAGEM BUCAL É CONFIAVEL

    AGUARDO.

    1. Juliana:

      Como todos os exames de alergia para o tipo IgE deram normais e o teste de Intolerância à lactose deu positiva, o quadro dele deve ser mesmo de Intolerância.
      Leia a minha página: http://drpaulomaciel.com.br/intolerancia-alimentar/.

      Os sintomas mais comuns são náuseas, dores abdominais, diarreia ácida e abundante, gases e desconforto. A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarreia. Os sintomas podem levar de alguns minutos até muitas horas para aparecer.

      O exame Detecção genética da intolerância à lactose para identificar a “Hipolactasia Primária” é confiável. É indicado para crianças e adultos que apresentam sintomas clínicos semelhantes, quando apresentam intolerância à lactose, como náuseas, diarreia, dores abdominais, cólicas, flatulência excessiva e aumento do volume abdominal. Pacientes com suspeita de intolerância à lactose que não queiram ou não podem (diabéticos) ser submetidos ao teste de absorção da lactose. A detecção genética da Hipolactasia Primária surge como uma ferramenta importante para diagnosticar ou excluir a intolerância à lactose, como sendo de causa genética. É um teste que permite a identificação correta da desordem sem que existam interferentes na análise (dietas, medicamentos ou co-morbidades). É um método não invasivo e permite o início de tratamento adequado em menos tempo.

      Abs.

    • Luciana Moraes em 31 de outubro de 2012 às 18:21
    • Responder

    Olá Dr Paulo,

    Meu filho tem dois meses e meio, inicialmente a pediatra suspeitou de um pouco de refluxo, mas ha três semanas ele tem apresentado variavelmente pouco sangue nas fezes, e esta regurgitando mais vezes,aparenta ter dor durante a mamada, não tem ganhado peso adequadamente, e durante as mamadas apresenta um roncor como se fosse um pigarro e seu nariz esta geralmente entupido…a pediatra para complementar a alimentação passou o nam sem lactose apo´s as mamadas e tirou da minha alimentação o leite e seus derivados,porem ele após sete dias ainda apresenta sangue em menor qte nas fezes e esta regurgitando ainda mais, a pediatra pediu apenas o exame de sangue oculto nas fezes e não o que o sr. orientou, estou preocupada cada mamada do bebe é extremamente difícil e tenho que ficar com ele muito tempo na posição ereta(de pé) afim de evitar que volte tanto leite, colocá-lo no bebe conforto nem pensar, sempre volta muito, e mesmo após arrotar cerca de mais de uma hora que dormiu sempre volta leite, moro na região do abc paulista por favor caso queira indicar um especialista que possa nos ajudar eu agradeço desde ja , luciana.

    1. Luciana:

      O leite Isomil de Soja é feito com isolado protéico de soja 100% e aproximadamente 50% das crianças alérgicas ao leite de vaca também são alérgicas às proteínas do soja.

      O leite Enfamil é uma fórmula infantil com Ferro para lactantes, mas tem as proteínas do leite de vaca só parcialmente hidrolisadas e serve para lactentes com transtornos gastrointestinais leves, mas não para crianças com alergia ao leite de vaca. Ele tem a relação do soro de Caseína 60:40, o que é muito alto para pessoas alérgicas.

      O leite NAN sem lactose é feito à base de leite de vaca e por isso não pode ser usado por crianças alérgicas ao leite de vaca.

      O leite Aptamil também tem proteína Láctea (caseína/proteína do soro = 40/60) e não serve para pessoas alérgicas. É uma fórmula anti-regurgitação para lactentes com composição específica para condições de refluxo gastroesofágico.

      O ideal seria fazer todos os RAST do leite de vaca: RAST Leite de Vaca IgE (F2); RAST Leite de Vaca IgG; RAST Caseína IgE; RAST IgE específico para Alfa Lactoalbumina (F 76) e RAST IgE específico para Beta Lactoalbumina (F77).

      Depois, se algum destes exames der positivo, você tem que experimentar o leite de cabra ou outros leites hipoalergênicos taix como: Leite Althera Nestle Health Science Fórmula Infantil Hipoalergênica; Alfare (Nestlé); Pregestimil (Mead Johnson); NutramIgEn (Mead Johnson); Neocate; Pregomin e Nan H.A. PO (Proteínas Parcialmente Hidrolisadas), Nutriben Hidrolisado, Alergomed, etc.

      Infelizmente, não conheço um especialista nesta região para lhe indicar.

      Abs.

Deixe um comentário para Tânia Cancelar resposta

Seu e-mail não será publicado.